Ingleses e ingleses
Há uns anos comprei um apartamento num condomínio algarvio. Não é um condomínio de luxo , mas tem guarda permanente, é espaçoso, onze blocos de 2 e 4 andares, uns maiores que outros, amplos espaços verdes, piscina e acesso directo à praia, é só descer as escadas.
Muitos apartamentos foram comprados por emigrantes e outros por pessoas que fazem deles fonte de rendimento. Para isso cedem-nos a duas empresas que se encarregam dos arrendar.
E assim, semanalmente vinham camionetas com ingleses, hóspedes indesejáveis que passavam 24 sobre 24 h bebendo cerveja, não se coibindo de atirar as garrafas vazias pelas varandas, assim como beatas que iam cair nas varandas dos donos e usuários de outros apartamentos, como é o meu caso.
Felizmente que isso há cerca de 2 anos acabou, sendo substituídos por portugueses, italianos e, cada vez mais espanhóis. E ainda bem que acabou, pois não tenho razão de queixa dos novos hóspedes.
Por acaso, tenho uma filha que é professora do secundário nessa terra, assim como o meu genro e calhando em conversa e porque na zona existem bastantes residentes ingleses e alemães, perguntei-lhe se os filhos destes últimos eram sociáveis. Disseram-me que sim, os ingleses é que faziam grupinhos à parte e só utilizavam a sua língua. Faz-me lembrar aquele treinador inglês, infelizmente já falecido, que por cá andou, assim como por Espanha e que nunca aprendeu a falar português.
Isto vem a propósito do quê?
Vem a propósito da campanha promovida pelos pais da menina desaparecida na praia da Luz e que os adeptos do Everton personificaram quando cá vieram jogar contra o Benfica e foram aviados com 5 secos, regressando com o rabinho entre as pernas, o que, mesmo não sendo “lampeão”, me deu muito gozo.
Claro que não vou discutir o assunto. Isso pertenceu à PJ largamente contestada pelos adeptos ingleses, todos de copo de cerveja na mão. Como lá em Inglaterra só têm um prazo limitado para diariamente o fazerem, pois os “pubs” fecham, aqui desforram-se. Sendo português é-me desagradável ouvir tais comentários, até porque se fosse eu a fazê-los lá na terra deles, ia logo “dentro”.
Existe um fundo milionário: “Find Maddie”, que tem esse objectivo. Logo, se a menina estiver morta (e desejo sinceramente que não) e tal for dado como provado, o Fundo acaba, portanto há que manter a esperança, até porque os pais, sentimental e compreensivelmente, a mantêm .
Mas eu interrogo-me a mim mesmo: como é que um raptor leva uma menina para adopção, ou para outros fins menos confessáveis, que tem um sinal na vista, que a torna facilmente identificável?
6 Comentários:
O mundo dos pais de Maddie é extenso como um império e não admite notícias que não lhe sejam favoráveis!
Para mais, quando se trata de gente importante, rica e poderosa, com uma influência que lhe permite acesso fácil ao 1º Ministro.
Bem, o Vale e Azevedo sente-se em Inglaterra como peixe na água...
O Gonçalo Amaral tem toda a razão, ao dizer que os pais da Maddie estão metidos no caso, até à raiz dos cabelos...
Compadre Alentejano
alf
Vive como um Lord com o dinheiro dos outros e vê lá se o apanham cá?
É como os documentos do Freeport, nunca mais chegam.
Compadre Alentejano
Na sequência de um processo movido pelos pais de Madeleine McCann, o Tribunal Cível de Lisboa ordenou o congelamento dos bens do antigo inspector da PJ Gonçalo Amaral, autor do livro «Maddie, a verdade da mentira». No "Expresso" de sábado vem que já lhe congelaram o carro, os direitos de autor e 1/3 da sua pensão de reforma.
Em causa, está o pedido de indemnização no montante de 1,2 milhões de euros feito pelos pais de Madeleine McCann, que são incriminados (são?) no desaparecimento da filha no livro do ex-inspector.
Eu também li o livro, mas não tenho opinião sobre o assunto, pois não me quero meter em confusões. Ouvi na TV o Miguel Sousa Tavares atacá-lo e como este é advogado...
Eu só critiquei foi o ataque à NOSSA PJ feito alto e bom som pelos adeptos do goleado Everton, feito aqui no Rossio e não vi ninguém fazer nada.
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