segunda-feira, novembro 12

Uma míriade de "pequenas" estrelas

Milhares de cintilantes novas estrelas estão “aninhadas” dentro da nebulosa gigante NGC 3603, um dos mais massivos grupos de estrelas novas da nossa Via Láctea. As imagens obtidas permitiram descobrir estrelas cujo brilho e cor correspondem a objectos estelares jovens de pequena massa, provando que estrelas deste tipo também podem nascer nas violentas regiões de formação de estrelas massivas. Mais ainda, os astrónomos mostraram que estrelas massivas e menos massivas estão a formar-se ao mesmo tempo, num único episódio de formação estelar.
A NGC 3603 é uma proeminente região de formação de estrelas de Carina, um braço espiral da Via Láctea, afastado de nós cerca de 20.000 anos-luz . A imagem mostra-nos diferentes estágios do ciclo de vida das estrelas. Estas, tal como tudo no Universo, nascem, vivem e morrem.


A poderosa radiação ultravioleta e os velozes ventos provenientes das estrelas mais azuis e mais quentes, criaram uma grande bolha em torno desse grupo. Movendo-se na nebulosa circunvizinha, a forte radiação esculpiu altas colunas de gás denso e escuro que estão encaixadas nas paredes da nebulosa. Estes monólitos gasosos (“stalks”) têm alguns anos-luz de altura e apontam para o centro do grupo de estrelas (“cluster”) podendo ser “incubadoras” de novas estrelas.

Numa escala menor, podemos ver no canto superior direito da primeira imagem, um conjunto de nuvens escuras chamadas “glóbulos Bok". São densas nuvens de poeira e de gás aproximadamente 10 a 50 vezes mais massivas que o Sol. Assemelhando-se a um “casulo de insecto”, um “glóbulo Bok” pode sofrer um colapso gravitacional e, deste modo, dar origem às novas estrelas.

(Image Credit: NASA, ESA, and the Hubble Heritage (STScI/AURA)-ESA/Hubble Collaboration )

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10 Comentários:

Às 12 novembro, 2007 04:23 , Blogger Lúcia Laborda disse...

Oie Peter! Saudades... Mas esse é o espaço celeste em que vivemos e mal conhecemos... Muita coisa ainda que desconhecemos...
Que sua semana seja de realizações!
Beijos

 
Às 12 novembro, 2007 08:59 , Blogger Tiago R Cardoso disse...

Muito bem, mais uma excelente lição, eu que adoro o assunto.

 
Às 12 novembro, 2007 09:15 , Blogger Peter disse...

Meu caro Tiago, é sempre bom sabermos que temos leitores interessados.

 
Às 12 novembro, 2007 11:34 , Blogger Ant disse...

Olha peter, com a neura que tenho hoje, era para ali que ia... deve estar quentinho mas mesmo assim...

 
Às 12 novembro, 2007 12:12 , Blogger Papoila disse...

Estes artigos são sempre fascinantes e as imagens do Hubbe fantásticas.
A música de fundo de hoje... bom recado.
Beijo

 
Às 12 novembro, 2007 13:45 , Blogger augustoM disse...

Tudo o que nasce morre, também o universo um dia morrerá. E andamos nós tão preocupados com a morte, quando ela é o preço de estarmos vivos.
Mais uma das tuas boas explicações, sobre o "Mundo" em que vivemos.
Um abraço. Augusto

 
Às 12 novembro, 2007 14:14 , Blogger Paula Raposo disse...

Fascinante o assunto.

 
Às 12 novembro, 2007 14:35 , Blogger Peter disse...

Augusto, não sei se o Universo algum dia morrerá. Morrem sim é os seus componentes. Até porque o universo que habitamos, poderá não ser mais que um dos multiuniversos que constituem o UNIVERSO, esse sim infinito e eterno.

Abraço

 
Às 12 novembro, 2007 20:54 , Blogger Manuel Veiga disse...

uma vertigem!...
por isso, me fico pelos "insectos" terrenos. e pelos "cogumelos"...atómicos!

abraços

 
Às 12 novembro, 2007 23:14 , Blogger SILÊNCIO CULPADO disse...

Bastante didáctico este post. Gostei.

 

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