Recortes de jornais 4
«Se há 2 milhões de pobres em Portugal, todos temos dois problemas: o problema da pobreza e o problema da consciência.
O maior responsável pela pobreza em Portugal é o Estado. O Estado consome, de modo insensível, metade da riqueza que produzimos.
O desperdício do Estado chegaria e sobraria para trazer o nosso nível de pobreza, pelo menos, para o nível europeu. (...)
Mas as culpas do Estado não evitam que tenhamos também um problema de consciência. (...)
Os empresários e gestores de recta consciência não podem ficar indiferentes ao indicador que os informa que parte dos pobres é gente com emprego. No fundo, parte dos salários que são pagos em Portugal mantêm o trabalhador na pobreza.»
(António Pinto Leite, "Pobreza e Consciência", in "Expresso" de 27 de Outubro de 2007)
24 Comentários:
Temos dois problemas. Logo o primeiro é o facto de aos políticos que ocupam o poleiro não lhes afectar a consciência o facto de existirem 2 milhões (para mim são mais, embora alguns andem camuflados) de pobres.
O segundo tem a ver com a (in)consciência de todos nós que os colocamos periódicamente no lugar onde estão.
O Estado desbarata recursos e provoca pobreza?
Privatize-se o Estado e nacionalize-se a economia.
Gestores bons é o que não nos falta e estão aptos a funcionar nas duas modalidades...
Saudações do Marreta.
Olá, amigo Peter.
Sabe-se, é da tradição, os cometas trazem malefícios mas também graças.
Pode ser que a Nossa Senhora esteja para aí chegar, encavalitada no Holmes, para nos vir salvar, com em 1917.
Um abraço
Um exemplo, tirado de um blog dos n/links:
As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram tortas e o modelo adoptado contribui para o empobrecimento dos professores. A trabalharem desde Setembro a «Recibo Verde» e sem receberem um cêntimo pelos seus serviços desde Julho, é absolutamente inaceitável. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática.
Pois mas tivemos por ai um ministro a gabar-se lá fora que, os empresários estrangeiros deviam investir em Portugal porque os salários eram baixos.
Parece que tem muito empresário e incluindo o proprio estado que gostam da situação.
Pois eu cá acho que os principais responsáveis pela existência de um elevado índice de pobreza em Portugal...são os portugueses!
Todos!
António
Não generalizemos. É fácil falar de "barriga cheia".
Provavelmente a Economia e Finanças do Estado deviam ser entregues a uma Gestão Empresarial Privada com espírito de Missão e desenvolvimento Empresarial que apostasse nos Recursos Humanos. Não me sinto absolutamente nada culpada porque não votei nesta maioria... e sei que o número é concerteza mais elevado que os 2 milhões pois quem vive com um salário mínimo em Portugal é pobre... e há muitos portugueses nessa situação.
Beijos
Estas denúncias são fundamentais para despertar as consciências que parecem adormecidas.
Abraço.
José Carreira
A eterna pescadinha de rabo na boca: Os patrões (públicos e privados) acham que não devem pagar mais Os trabalhadores (públicos e privados) acham que não devem trabalhar porque não recebem o suficiente... enquanto uns e outros não interagirem não passamos da cepa torta.
E deixem-se de gastar dinheiro em armamento e merdas assim que já podem resolver mais de metade do problema. Digo eu... na minha inocência
Este comentário foi removido pelo autor.
Olá Peter
Como estou completamente de acordo com a posição tomada pelo Manuel Alegre. passo a citar:
"Pobreza em Portugal é um facto estrutural"
O deputado socialista Manuel Alegre entregou, esta quinta-feira, uma declaração de voto sobre o Orçamento de Estado (OE) para 2008, em que questiona de que serve um défice de 3% se Portugal continua o país mais pobre da Europa.
À semelhança do ano passado, Manuel Alegre afirma nesta declaração de voto que o OE é uma das "circunstâncias excepcionais" em que um deputado "não deve quebrar o sentido de voto do seu grupo parlamentar", privando-se de "votar segundo a sua consciência".
No documento, o ex-candidato independente a Presidente da República manifesta "algumas discordâncias" em relação às políticas do Governo, destacando o número de portugueses com rendimentos abaixo do limiar de pobreza, "um em cada cinco", totalizando "dois milhões".
"A pobreza em Portugal é um facto estrutural que sucessivos governos ao longo dos anos não têm conseguido resolver".
"De que serve termos um défice de 3% se continuamos a ser o país mais pobre da Europa e o mais desigual a distribuir a sua riqueza".
O OE para o próximo ano foi aprovado na generalidade apenas pela maioria parlamentar do PS, com os votos contra de toda a oposição.
________eu não consigo (por muito boa vontade que tenha) vislumbrar uma atitude do Governo para que esta situação se altere. isto não é ser pessimista ____________mas sim realista. os portugueses continuam à espera "SEMPRE" e a pura demagogia que os políticos tanto gostam de aplicar_______nos seus discursos_________para atenuar e "adormecer" a dor_________da grande ferida que atormenta a maioria dos portugueses
beijo
BomFsemana
This is the 21st century and the problem is still here! My stupid/ignorant question: "Will this ever change?"
"blond"
Probably not.
Transcrevo a intervenção de Manuel Alegre, citado pela "Betty":
"De que serve termos um défice de 3% se continuamos a ser o país mais pobre da Europa e o mais desigual a distribuir a sua riqueza".
Pois é ANT:
"O Estado consome, de modo insensível, metade da riqueza que produzimos."
É o que escreve o APLeite, o que não significa que eu acredite nele ...
Políticos e está tudo dito.
Belissímo post. É assim mesmo, amigo. Temos que dizer porque esta verdade dói de mais. Antes de vir aqui passei por noutro blogue amigo que tinha postado que os bancos lucram 8 milhões/dia. É assim a distribuição da riqueza. E não me venham com tretas. A solução do problema passa, em primeira mão, pelo Estado e não pela sociedade civil desempregada e empobrecida.
Políticos, quem não os conhecer...
A sério,e muito,temos de levar o estado a que isto chegou. Só 2 milhões de pobres? E os que andam
por aí encobertos e envergonhados?
Esses mesmo, empregados e a trabalhar para receberem salários de miséria! Empresários e políticos...
Um abraço
Está difícil comentar, será que este entra?
Perante uma grande sacanice que está a ser feita sobre alguns professores que não recebem vencimento,têm horários d e12 horas ou estão a recibos verdes sugere-se que todos os blogues publiquem a notícia que está no http://cegueiralusa.blogspot.com
"silêncio culpado"
Já a coloquei num comentário aí atrás:
Um exemplo, tirado de um blog dos n/links:
As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram tortas e o modelo adoptado contribui para o empobrecimento dos professores. A trabalharem desde Setembro a «Recibo Verde» e sem receberem um cêntimo pelos seus serviços desde Julho, é absolutamente inaceitável. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática.
O artigo citado já o havia lido e gostei de o ver aqui retomado.
Penso que aos nossos homens do "Compromisso Portugal" e aos Ludgeros e afins este tipo de situação devia merecer não apenas palavras, mas também acções concretas.
Se afinal os trabalhadores portugueses conseguem elevados índices de produtividade no estrangeiro e até entre nós, será que a culpa de estarmos como estamos é só deles?
E que dizer dos que à mesa dos restaurantes mandam baforadas de charutos rindo como bácoros e gastando à mesa o que são capazes de negar a um chefe de família?
Ora o cerne da questão, bluegift: a herança que nos pesa.
Uns porque lhes dá jeito, outros porque esperam o tal sebastião que há-de vir comer tudo e dar porrada na mulher... ah espera esse era outro... ou não?
E que grandes comentários... davam outro post só com eles, Peter.
Que excelentes comentários minha cara "bluegift":
"A questão aqui é a de ter a coragem suficiente para aumentar o salário dos operários e diminuir o dos quadros superiores. Este é o país onde essa diferença é a mais acentuada."
(...)
"Nós ainda herdámos a mentalidade da ditadura: trabalhamos se pressionados, de outra forma, estamos a lixar-nos para o trabalho, queremos é o ordenado no fim do mês. De uma forma geral é essa a mentalidade."
O "portuguesinho valente" e a "menina" que displicentemente faz o favor de nos atender (agora certas entidades e gerentes de lojas já estão de olho nessa atitude) não procuram TRABALHO, procuram EMPREGO, que são coisas completamente distintas.
eu entrei de mansinho sem querer fazer muito barulho:x
assim que tiver tempo, comento o post, e leio oque perdi.
nao tem sido facil.
beijo
lúcia
Meu caro ANT, parece que se está a dialogar e que os comentários não são um simples "assinar o ponto".
A propósito:
- És apologista de forças de segurança desarmadas, ou referias-te aos submarinos?
Bem me parecia ...
Lúcia
Tens uma (muitas ...) palavra a dizer.
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