Natal sem sinos
No pátio a noite é sem silêncio
e que é a noite sem o silêncio?
A noite é sem silêncio e no entanto onde os sinos
do meu Natal sem sinos?
Ah meninos sinos
de quando eu menino!
Sinos da Boa Vista e de Santo António.
Sinos do Poço, do Monteiro e da Igrejinha de Boa Viagem.
Outros sinos
Sinos
Quantos sinos!
No nocturno pátio
sem silêncio, ó sinos
de quando eu menino.
Bimbalhai meninos.
Pelos sinos
de quando eu menino,
pelos sinos (sinos
que não ouço), os sinos de
Santa Luzia.
Rio, 1952
( Manuel Bandeira )
Publicado no blog “agrestino”, de Manoel Carlos http://www.agrestino.blogger.com.br
que consta dos “links” na referência Manoel Carlos.
Penso ser adequado ao dia a seguir ao Natal, até porque ainda estou de “ressaca” …
Infelizmente os Natais já voltaram a desabar em cima de mim…
2 Comentários:
Por acaso não adoro este poema do Manoel Bandeira. Nem sempre gosto de tudo! Mas, pelos sinos, eu vivo...beijos.
Sim, os sinos são o elemento essencial no poema.
P.S. - Julguei que tinhas fechado o blog e foi por isso que o retirei dos links. Vou repôr a situação.
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