A profissão mais antiga do mundo
”Dizem que a profissão mais antiga do mundo foi a prostituição. Não posso concordar. Até porque não havia dinheiro quando o mundo começou, e se para o homem bastava dar com uma moca na cabeça da mulher e arrastá-la para a sua caverna, porque carga de água haveria de pagar?Dizem então que a primeira profissão deve ter sido um dos trabalhos mais básicos, como a agricultura ou a caça. Embora concorde que tenham sido das primeiras profissões, as primeiras não foram, até porque no início não havia ferramentas para agricultura nem armas para caçar.Sugerem então que tenha sido o ensino. Mas para ensinar é preciso aprender. É a história de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Neste caso, o estudante ou o professor. Ninguém nasce ensinado, logo teria de estudar primeiro. Mas no início não acredito que o homem tenha partido para esta actividade assim de arranque.Temos de nos colocar na pele desse primeiro homem para perceber.Então, o homem aparece. Um homem, Adão, sozinho, sem saber o que fazer. Qual a sua primeira iniciativa? Obviamente, coça os tomates. Assim sendo, a primeira profissão do mundo foi claramente... funcionário público!”
(recebida por e-mail)
Quando acabei os meus estudos, punha-se o problema de arranjar trabalho. Naquele tempo ainda havia trabalho e não se ficava a viver em casa dos pais e à custa destes, como hoje em dia acontece. Uma das notícias que mais me chocou na minha leitura dos jornais diários, foi um artigo em que se relata que esse conviver, ou “viver à custa de”, se traduz frequentemente em agressões físicas que na quase totalidade dos casos e por vergonha, são ocultadas pelos progenitores.
Mas nesse tempo ser-se funcionário público era garantia de ordenado ao fim do mês, emprego certo e reforma, além do poder que o funcionário dispunha por detrás do guichet, de pôr e dispor dos interesses dos cidadãos comuns.
Vem agora este Governo pretender acabar com a burocracia e contra ele se levanta já o coro de protestos de outros partidos que nada fizeram nesse sentido quando estiveram no poder, ou do PCP saudoso dos tempos da URSS que, como todos sabemos, era o paraíso dos burocratas. Dos outros partidos não me ocupo, não vale a pena. Os funcionários públicos aceitaram bem e aplaudiram (e eu também) a perda de privilégios de determinados grupos sociais, mas, quando se lhes bate à porta …
Não é só a “não progressão nas carreiras”, ou os “salários congelados”, ou as “deslocações dos locais de trabalho” (que actualmente existem em tantas profissões) que os faz protestar. É a perda do seu “pequeno reino” …
Não sei se o SIMPLEX dará alguma coisa. Provavelmente será um NADEX, um “nado morto”, a burocracia não é fácil de combater, até porque como se conseguiriam arranjar “jobs for the boys”?
Ou como se conseguiriam encaixar na Função Pública, os filhos deste e daquele notável, de que tomamos conhecimento através de extractos do Diário da República, que as “cadeias de correspondentes” nos fazem chegar?
13 Comentários:
Meu caro Peter:
Mais vale um Sócrates de duração limitada do que um Salazar eternizado.
Que nunca vi um governo com tanto empenho em fazer coisas, isso não vi, não!
Vão fazendo asneiras, certamente, mas também vão fazendo muita coisa correcta.
Haja esperança!
Obrigado pelo teu comentário no post do mentiroso compulsivo.
Tembém como eu, deves conhecer pessoas assim.
Um abraço
A desburocratização que o governo pretende realizar já foi dito não visa o despedimento ou dispensa dos funcionários públicos, mas muitos estão preocupados porque a simplificação da burocracia vai retirar-lhes a possibilidade de complicar a vida aos contribuintes e desmotivá-los a ter de recorrer à gratificação (forma suave de corrupção)para o funcionário ultrapassar o obstáculo que ele próprio cria.
é a lei do compadrio........
jocas maradas
António, do teu comentário destaco, com pleno acordo:
"Que nunca vi um governo com tanto empenho em fazer coisas, isso não vi, não!
Vão fazendo asneiras, certamente, mas também vão fazendo muita coisa correcta.
Haja esperança!"
"contradições", também pleno acordo quanto ao que dizes:
"muitos estão preocupados porque a simplificação da burocracia vai retirar-lhes a possibilidade de complicar a vida aos contribuintes e desmotivá-los a ter de recorrer à gratificação (forma suave de corrupção)para o funcionário ultrapassar o obstáculo que ele próprio cria."
P.S.- Muito interessante o artigo sobre Astronomia que publicaste no teu blog.
"lylia", não necessitas comentar, basta apareceres e melhorares o teu estado de espírito.
Boa semana*
"su", o "compadrio" não é exclusivo dos portugueses e sempre existirá.
O que importa é que apareceu FINALMENTE um Governo que ousou enfrentar a burocracia, que não é exclusivo do Funcionalismo Público, mas que encontra neles os mais zelosos praticantes.
Eles lá sabem porquê (nós também, infelizmente ...)
"lazuli", também partilho da tua esperança:
"Esperemos que a burocracia da maternidade, os guichets, a papelada que os médicos obrigam uma pessoa a preencher só porque vai ter uma criancinha, sejam bons para simplex."
Beijos*
P.S.-O Benfica empatou. Também com SEIS min de compensação ...
Achei piada á ideia de sexo com uma "mocada" na cabeça hehe!!...
1º. O PCP da URSS era o da URSS e o de Portugal é Partido Comunist PORTUGU~Es (ninguem me encomendou o sermão, só não gosto de comparações tão tangenciais rsss), depois as pessoas têm tendência a chamar previlégios a direitos adquiridos...nada de confusões, devemos compararmo-nos aos melhores e nunca aos piores para acharmos que temos muito...etc, etc, etc...
Progressão automática por antiguidade é uma coisa, progressão por provas públicas é outra... Meter todos no mesmo saco, é uma injustiça. Desburocratizar é uma coisa, privatizar é outra... Gestão participada é uma coisa, gestão privada outra. Beijo
Venho desejar uma boa noite a todos e dizer que ainda não foi desta que "abalei" para o estrangeiro (melhor, para... "L'étranger" de Camus):)Ando numa empreitada por estes lados e tenho de aproveitar todos os momentos livres. Bjinhos grandes a todos e um doce sorriso
Temos que perceber que é normal reagir a perda de regalias.
Mas, quem as perde, terá de perceber também que o país não tem riqueza para tratar uns como príncipes e outros como bastardos.
Dado que aos bastardos lhes interessa melhorar de algum modo as fracas condições que têm, o dinheiro para isso só pode vir dos que têm mais regalias.
O aumento significativo que no tempo do Cavaco foi "imaginado" e que mais tarde se começaram a sentir os reais reflexos na função pública, em termos quantitativos e qualitativos, são incomportáveis para as possibilidades económicas do país.
Por isso, venha lá o SIMPLEX e acabe-se de vez com algumas das mordomias da função pública.
Abraço.
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