sábado, abril 8

A TV que temos


Tal como tudo neste país e atendendo a que cada um de nós deve 800€ ao Estado, que por sua vez tem de Dívida Pública esse valor vezes 10 milhões de habitantes (já devemos ser bastante menos, mas atendendo aos imigrantes, anda ela por ela, pois suponho que estes também foram contados como devedores) tudo deve ser considerado como fonte de lucro.

A TV não foge à regra. E é assim que impinge doses maciças de telenovelas, misturadas com aquele programa absolutamente incrível do Circo da TVI (nem sei como ele se chama). É isto que faz aumentar as audiências e, por conseguinte, vender os detergentes, sabonetes e outros produtos afins. Parece haver uma preocupação generalizada em nos lavarem o corpo e a mente.

E se calhar até há.

Ontem, depois de ter desligado o PC, já passava bastante da 01h00 quando saí da “blogosfera”, onde ainda aprendo algo

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“A esperança ainda

... Entretanto tenho ultimamente frequentado a blogosfera. É uma “zona libertada” inesperada e saudavelmente respirável, onde quem, como eu, chega da sórdida Galáxia Gutemberg, a “popular” como a “de referência”, se reconcilia com a espécie. A blogosfera é o lugar onde hoje melhor se escreve e se pensa em português (…) E o facto de a maior parte dos blogues ser, julgo, escrita por gente com menos de 30 anos justifica uma réstia de esperança no futuro ...

(Artigo de Manuel António Pina, “A esperança ainda”, publicado na revista VISÃO de 18DEZ03)”

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abri a TV e assisti na TV2 a um debate sobre “a violência escolar”.

Claro que programas destes passam “por coincidência” na TV2, que quase ninguém vê e a horas em que a maior parte da população efectivamente interessada: OS PAIS, já estão a dormir, pois têm de trabalhar no dia seguinte.

E se, por formação, eu já tinha uma “grande” admiração pelos professores, esta passou a “enorme”, pois no ano escolar de 2004/05 o total de agressões de alunos e dos respectivos pais, a professores, cifrou-se em bem mais de mil.

Quando se verifica uma agressão o caso acaba por ser entregue ao Ministério de Educação, embora muitos professores optem por resolver o assunto no âmbito escolar.

Eles/as lá sabem porquê …

8 Comentários:

Às 08 abril, 2006 11:11 , Blogger Peter disse...

"nada acontece para que a situação seja controlada..." dizes. Também penso que sim.

Retirei o post por ele conter afirmações que não podem ser feitas de ânimo leve. É preciso termos bases sólidas em que nos apoiemos e eu não tinha.

Mas a minha intenção era voltar a colocá-lo hoje, como aconteceu.

Aqui em Lisboa está um dia lindo.

Que tenhas um bom fds.*

 
Às 08 abril, 2006 12:28 , Blogger Marta Vinhais disse...

Pois é, Peter, eu já desisti de ver TV. Vejo alguns programas culturais da 2, algumas séries, mas são tarde que nem sempre estou disposta a esperar.
Passei por aqui para te agradecer o comentário que deixaste no meu blog. O tempo ainda está um bocado incerto e geralmente os passeios no Rio começam em Maio.
Se vieres ao Porto, em Maio ou Junho vai até ao Pinhão, Régua, porque não te vais arrepender. Mesmo que já lá tenhas ido, é sempre um passeio agradável e bonito.
Um abraço e um bom fim de semana.
Marta

 
Às 08 abril, 2006 14:06 , Blogger maresia disse...

Porque não deitas fora a televisão? Vive na ignorância, aprenderás muito mais.

 
Às 08 abril, 2006 15:51 , Blogger Peter disse...

"maresia", desculpa mas estás a ver mal o problema. Eu só vejo os noticiários e nem todos.
Mas a TV, pelo menos a que usufrui benesses do Estado, para o qual todos nós comparticipamos com os nossos impostos directos e indirectos, tem como obrigação formar e esclarecer, fundamentalmente no âmbito social, a população portuguesa. E não o faz, ou fá-lo a horas tardias.
Este é que é o verdadeiro problema como, de igual modo, eu destaquei o papel dos blogues, substituindo-se à Imprensa escrita e, quanto a mim, à própria TV, na função que compete as estes "mass media".

 
Às 09 abril, 2006 00:15 , Blogger Helder Ribau disse...

Blog espetacular...


ditosecontos.blogspot.com

 
Às 09 abril, 2006 01:38 , Blogger Peter disse...

"lazuli" é um pouco tarde para chegar ao PC, sobretudo depois do "desastre", pelo que a disposição não é das melhores.

Também não me apetece colocar outro post, até porque, em meu entender, este pode ser mais explorado.

Dizes que a relação entre o Poder e a TV é a mesma em todo o lado. Permito-me discordar. Mas, mesmo que o seja, nada impede que nós não tentemos inovar, tal como refiro na resposta a "maresia":

Mas a TV, pelo menos a que usufrui benesses do Estado, para o qual todos nós comparticipamos com os nossos impostos directos e indirectos, tem como obrigação formar e esclarecer, fundamentalmente no âmbito social, a população portuguesa. E não o faz, ou fá-lo a horas tardias.
Este é que é o verdadeiro problema como, de igual modo, eu destaquei o papel dos blogues, substituindo-se à Imprensa escrita e, quanto a mim, à própria TV, na função que compete a estes "mass media".

Um bom Domingo para ti.

 
Às 09 abril, 2006 13:45 , Blogger Maria disse...

Subscrevo tudo o q dizes em relação à programação da TV e respectivos horários.
Até na 2 , q ainda conseguia dar uns programas interessantes e umas séries de qualidade, agora tudo tb está fora de horas. Mas afinal a cultura interessa a quem???
Beijos

 
Às 09 abril, 2006 15:18 , Blogger Peter disse...

"Dulce", os programas culturais não rendem, têm muito pouca audiência e por isso são relegados para horas tardias.
Perguntas a quem interessam?
Muito possivelmente a quem não tenha como objectivo primordial "ganhar dinheiro" legal ou ilegalmente, mas sim aumentar os seus conhecimentos.

Mas não são só os programas culturais que deveriam ser fomentados pelo Estado, mas também e principalmente, programas formativos, que contribuissem para criar uma consciência cívica na população em geral, em especial nos grupos menos favorecidos, dando-lhe a conhecer os seus direitos e a forma de os poderem reivindicar. Não é com manifs, que, na maior parte se traduzem em "passeatas" até Lisboa, de gente de "Alguidares de baixo" ou afins, que se resolvem os problemas.

Os nossos dirigentes sindicais estão gordos e anafados, anquilosados devido a uma longa permanência em funções e perderam totalmente a imaginação e a credibilidade.

 

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