Último amor
Era o último amor. A casa fria,
os pés molhados no escuro chão.
Era o último amor e não sabia
esconder o rosto em tanta solidão.
Era o último amor. Quem adivinha
o sabor breve pela escuridão?
Quem oferece frutos nessa neve?
Quem rasga com ternura o que foi verão?
Era o último amor, o mais perfeito
fulgor do que viveu sem as palavras.
Era o último amor, perfil desfeito
entre lumes e vozes e passadas.
Era o último amor e não sabia
que os pés à terra nua oferecia.
(autor: Luis Filipe Castro Mendes)
Considerado por Inês Pedrosa, como dos mais belos poemas de amor.
9 Comentários:
Olá Peter. Bom dia. Passo de fugida.bjos belo poema
Lindíssimo este poema. Quando se ama, o amor é sempre o último e definitivo.
Um beijo.
Quando se ama, ama-se mesmo para além da terra fria...
Belíssimo! Beijinho
Gostei muito do poema.
Sem ser "chata", respondes às perguntas que deixei no meu blog?
E alguém aqui que quiser dar a sua opinião.
Obrigada
Beijinhos
Marta
Belíssimo este poema porque quando se ama, ama-se como se fosse o último. "...perfil desfeito entre lumese vozes e passadas..." Beijo
gostei de ler...era o ultimo amor e não sabia...pois é ...
jocas maradas
Lady, ainda hoje estive no teu blog a ler dois poemas: um de Fernando Namora e o outro do Saramago (não sabia que tb fazia poemas ...).
Olá Blugift, um bjo para ti também.
Passei para reler o poema depois de um dia para esquecer embora a semana prometa o mesmo. Bjinhps e uma flor para todos. Durmam bem.
FICA UM ABRACO, PETER!
E, UM OBRIGADA, por Sua VISITA!
_BELO O POEMA!
heloisa.
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