Uma não-escrita
Isto é uma “não-escrita” porque não vou escrever sobre coisa nenhuma. Há tanto para escrever, mas eu não me consigo decidir. Tudo está condicionado, porque sim. Porque não é original, porque não, porque estão fartos de política, porque futebol nem pensar. Detestam, nem querem ouvir falar. Vou falar do “porcão” na Via de Cintura Interna do Porto, à saída para a A3? Devia ter sido giro a apanha à mão, dos 200 porcos. Será que os apanharam todos?
Ou vou falar do nevão em Vila Real? Nem tem comparação. A neve é imaculadamente branca e pura. Os seus cristais são uma maravilha da Natureza. Não há dois iguais. Parece impossível, mas é mesmo assim. A Natureza é assim, não há dois seres iguais, rigorosamente iguais. Nem mesmo os gémeos verdadeiros o são. Sei isso de experiência vivida.
Mas não tenho nada que vos estar aqui a falar da minha vida, o que é que isso vos importa?
“quero-te e és o meu amor.
Será que sou o teu?”
Não sei quem escreveu isto? Eu não fui. Nunca iria expor sentimentos na praça pública. Mas é bonito, nós gostamos que nos digam palavras bonitas e sobretudo sentidas.
A sonda “Stardust” regressou à Terra depois de percorrer milhões de quilómetros no Espaço. Trouxe uma colher de chá de poeira estrelar. Dizem que irá ocupar os cientistas no seu estudo durante largo tempo. Mas o que é que isso vos interessa?
Dizem que permitirá conhecer as origens do nosso Universo. Tretas, já não vou nisso.
Mas se já não vou nisso, vou no quê?
Lá está ele com a mania que sabe do assunto. O que é que nos interessa a queda da sonda?
“Não imaginas como é importante saber, nunca mais tive esta sensação que tenho contigo, este desejo que arde e esta ternura toda e esta ansiedade que escondo ou tento esconder, muitas vezes até de ti procuro esconder em parte, talvez seja para não ser demasiado ansiosa, para tentar não ser.”
Outra vez. O texto com interferências. Devo ter colhido estas palavras de amor em algum comentário. Possivelmente é considerado plágio. Será que ainda vou ser processado, ou penhorado?
Sou um “teso”. O que é que podem levar?
Já vos disse que os comentários são a melhor coisa deste blog?
Pois é, afinal é para isso que escrevo, como agora o estou a fazer:
para obter “feed back”.
12 Comentários:
E sera sempre um direiro k tens ...
escrever para o k te der mais prazer, nem k seja pra obter feed back...
ja k gostas de ler os coments,, toma la mais um,,lollllll
bejinho resto de bom domingo
Não interessa o que escreves ( salvo seja ! ) mas sim o que nos permites preencher nesses breves minutos em que te lê-mos.
"nordico", os comentários foi uma forma de terminar o "não texto". Mas não foi, de modo algum, a "finalidade" que me levou a escrevê-lo.
Essa está nas "entrelinhas".
AI' esta' uma "NAO ESCRITA"...que da' imensa vontade de ser LIDA E VOLTADA A LER!!!...
Pode continuar a "fingir que nao ESCREVE", que... eu, NAO FINJO QUE NAO LEIO!!!!!!!
UM ABRACO, PETER!
Heloisa.
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lazuli, não se pode apreciar um texto, lendo as duas ou três últimas linhas. Quanto mais um "não texto".
Claro que cada um lê o que quer, pode não ler nada. Estou a lembrar-me dos "direitos inalienáveis do leitor" segundo Daniel Pennac> "o direito de não ler"<
Acertaste em cheio: o texto foi construido em torno das "interferências". Às vezes o que não parece, é.
Beijinhos DO pó de estrelas, do qual sou feito.*
Heloisa, sempre considerei muito as suas intervenções no blog.
O comentário que fez é inteligente, sensato e ponderado. Vê-se que não foi feito a "despachar" e para mim, neste caso, em que procurei dar o meu melhor (poderá ser curto esse melhor ...) é extremamente gratificande, pelo que não posso deixar de lhe manifestar o meu reconhecimento.
Tudo de melhor para si, minha boa amiga.
Sim Lazuli, tenho todas as obras do Daniel Pennac. Esse livro chamou a atenção dos profs do secundário e o autor esteve na onda. A Presença publicou umas obras (poucas) mas a maior parte tenho-as em francês.
Os beijinhos* do costume. Já é hábito, não é?
AMIGO PETER*,
Nao tem que me AGRADECER NADA, porque, todas as MENSAGENS que AQUI (ou noutro Sitio) deixo, sao sempre, fruto de LEITURA CUIDADA:_E' mais facil eu ler e nao deixar mensagem, do que deixa'-la, sem ter LIDO_!
SEMPRE eu digo o que SINTO! apenas, umas vezes consigo tornar meu pensamento e sentir mais "Transparente", outras vezes nao!Por conseguinte, se Alguem, AQUI, tem ALGO a AGRADECER; esse Alguem, sou eu!-sou eu, porque, realmente, minhas simples palavras nao se "diluiram no po'"_Nao de Estrelas_...
_TODO O PO' DE ESTRELAS DO UNIVERSO* Eu, DESEJO, SE ESPALHE EM SUAS *PALAVRAS* E...ILUMINE SUA ALMA!!!!!
ABRACO AMIGO E...OPTIMO INICIO DE SEMANA!
Sua, com consideracao e AMIZADE,
Heloisa.
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Olá Peter
Adoro aquilo que escreves, ou melhor da forma como esvreves
Às vezes os teus posts andam a uma velocidade tal - que quando eu vou para comentar, já era!!!
Beijo grande
Boa semana
Betty, um elogio sobre a minha despretenciosa escrita (quando sai ...), vindo de uma pessoa como tu: poeta, escritora e pintora (pelo menos), tem forçosamente de me deixar envaidecido.
Obrigado pelas palavras amáveis e tudo de melhor para ti.
Em quê isto é diferente da actuação da PIDE no antigamente?
O próximo passo é a violação do correio, caso não esteja já a ser feito.
Inquéritos e mais inquéritos, desculpas e mais desculpas, responsáveis? onde estão que os não vejo. Como em tudo que acontece a culpa morrerá solteira, e mais a rir-se de nós.
Um abraço. Augusto
"augustom", não é por nada, até gosto das tuas visitas, mas colocaste o comentário no artigo errado.
Devias ter querido referir-te ao artigo acima, ao artigo do "zezinho".
O amor nunca ligou com PIDE ...
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