Sexo, mentiras e Net
"Words, words, and more words" (citando Shakspeare) e assim correm os blogs. Textos deliciosos, belos, que fazem sonhar. Textos em prosa, ou em verso, principalmente estes últimos, que são uma oportunidade para muitos darem à estampa a sua produção poética.
Palavras que levam a conhecimentos, que cimentam amizades, que originam contactos físicos. Palavras enganadoras, que não raro fingem sentimentos em que se acredita, porque são a fuga ao real.
Com o fim do velho ano e o começo do novo, entrámos no mês de Janeiro que vem de Janus, mítico deus Romano das portas e entradas. Janus tinha duas faces que olhavam em direcções opostas, do mesmo modo que Janeiro olha para o velho ano que jaz atrás, e para o novo que se perfila adiante. Por isso, por analogia, certas pessoas são acusadas de ter duas caras, como Janus.
Muitas vezes a sua atitude, ou melhor, a sua dupla atitude, resulta duma sensação de insegurança, de falta de confiança em si próprios, que os leva ao isolamento, depois duma tentativa fracassada de partilhar o novo real, que não têm coragem de enfrentar.
14 Comentários:
ah, desculpa o desabafo:)
lúcia
Peter
Concordo plenamente com que disse a Lúcia.
Mas as pessoas não se podem esquecer; que tudo está na base do virtual e quem lê textos "belissimamente" escritos, não pode tomar para si como mensagens de amor /torrentes de paixão, etc, etc e tal. Cada pessoa tem uma linha de escrita e o que acontece na maior parte das vezes - é para si própria que escreve. É claro que estou a falar de pessoas que realmente escrevem - que têm a paixão da escrita
Beijinhos
As tuas palavras só revelam a sapiência que há em ti. És realmente um ser "iluminado" num sentido lato da palavra.
Margarida
Betty, se bem entendo o que a Lúcia quis dizer não foi a má interpretação de um texto. Pelo que entendi ela refere-se à ilusão que o próprio escritor/a criam, ilusão essa criada repetidas vezes com todos/as os seus leitores/as
Margarida
Margarida, essa personagem teima em dedicar seus escritos à sua "amada do momento"
é um verdadeiro pintor de palavras mágicas, magnifico, mas como pessoa, nada vale.
Gosta de criar ilusões às pessoas e depois desaparece..é tão simples como isto.
Boa noite
Lúcia
P.S. E depois, quando a pessoa descobre a tampa que levou e vai pedir esclarecimentos, a personadem limita-se a dizer que está louca e que o anda a perseguir.
Enfim...
perdão, personagem.
Saliento ainda, que apesar de tudo é um excelente escritor.
Lúcia
será por isso que as persidenciais vão ser agora em janeiro?
FORÇ'AÍ!
js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt e http://mprcoiso.blogs.sapo.pt
Parece-me ao contrário. As/os Leitoras/es é que parecem criar espécie de empatias baseadas no que vão lendo.
De qq forma, deixemo-nos de hipocrisias: quem aqui aparece a defender duvidosos valores morais, parece que são inocentes virgens que nada sabem da vida.
Ponto 1. Toda a arte é sedução.
Ponto 2. Quem cria não está a pensar especificamente em ninguém, mas apenas no acto de escrever.
Se surge uma paixão ainda que virtual, onde está o mal?
Resumo: detesto hipocrisias sem sentido. Ninguém é o papão e as meninas umas virgens honestissimas e desconhecedoras de sexo e afins.
A fuga ao real é uma metáfora. talvez fosse melhor cada um/a questionar-se a si mesmo antes de fazer acusações gratuitas..
Parecem-me haver por aqui problemas em assumir a sexualidade.
"Toda a gente é frágil" parece ser um bom título para o teu comentário Lúcia. Pq não assumem as pessoas as suas próprias culpas?
Na net criam-se afectos. Como noutro lugar qq. Onde está o mal disso? A vida não é uma sucessão de experiências que nos enriquecem?
Detesto oo/as profetas de falsos moralismos.
Numa relação - falhada ou não, existem duas pessoas. Queres dizer que uma é mais culpada do que a outra?
Poupa-me
Lúcia,
um dia disse a uma amiga a propósito tb de uma relação virtual: desconfia de qualquer homem que te diga "amo-te" com a ligeireza de um "olá".
Margarida
Muito interessante acho que conheco várias pessoas com "sindroma de Janus" :P
Beijokas*
"Porque o tempo é breve, porque a nossa condição de seres finitos nos impõe que cada dia não seja um espaço desperdiçado, porque ao homem cabe a realização de si mesmo e porque apesar da nossa finitude podemos perdurar na memória colectiva através do legado que somos ou não capazes de construir, impõem-se a paz, a concórdia, o desejo de sermos melhores, a interacção com o que e quem nos rodeia." (Editorial, VOZ DAS BEIRAS)
Zezinho:
estas são palavras sábias e inspiradoras. Mas não se coadunam com os comentários por vós escritos que aqui li...
Margarida
Nota: O homem é uma desilusão face ao escritor/jornalista...
Lúcia,
é o mais sensato.
Este não é o local...
Margarida
«Parece-me ao contrário. As/os Leitoras/es é que parecem criar espécie de empatias baseadas no que vão lendo.»
Se bem entendo o que a Lúcia quis dizer foi que as empatias e a hipocrisia eram baseadas não só em textos, mas em encantamentos por voz e por escritos fora dos textos de blog.
E isso é enganar alguém dizendo «amo-te» com a facilidade com que se diz «olá».
Aí estão as duas caras, qual delas a mais enganadora.
Poupa-me
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