terça-feira, outubro 18

SENSOS E CONTRA-SENSOS

Num universo convexo de amplitudes ilimitadas onde coordenadas são apenas conceitos a suprema incerteza do ponto final. No abrir de uma brecha, o fim.
Da prepotência e das manipulação:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais”. Um chavão. Nada mais do que um miserável chavão que alivia consciências.
Ela:Esgrimia o bisturi quase cientificamente. Não o objecto cortante mas o bisturi da inconsciência que mata o sentir.
Manipulação:Tão velha quanto a própria mulher.
Ele:Fartou-se.
Longitudinalmente o cérebro é atravessado em viés por mensagens sempre do domínio do subtil. «Que horror! – Leste o que escreveu? - » O tremendo desejo de que tudo pudesse ser diferente foi aniquilado pela inconsciência do acto de manipular. [Sou livre] grito num derradeiro esforço para que o entendimento te chegue. Jamais entenderás que cada um precisa do seu espaço vital.
O Sol:Ilumina a Terra escondendo-se da alma hoje negra.
Divagações:No olhar a serrania fronteira o constatar do ilimite. A enganadora linha do horizonte apenas começa onde se pensa que acaba. Numa tremenda sucessão de linhas imaginárias, a mesquinhez do Homem. Pior: a pequenez. A inexistência.
(…) Ouvir-te o som saído das contracções do diafragma transformado num murmúrio dulcíssimo, a descoberta da imensa felicidade.
Os paradoxos:Complementaridades.
Na azáfama de uma redacção caótica, a foto que ilumina os meus dias. O olhar de lado – e que olhar! – traçando o perfil de um rosto que é acima de tudo a inspiração….

9 Comentários:

Às 18 outubro, 2005 16:17 , Anonymous Anónimo disse...

Olá !toda a gente precisa de um espaço mas nem toda a gente tem essa capacidade é preciso saber dar e comprender o pq...
beijos
fátima

 
Às 18 outubro, 2005 16:39 , Anonymous Anónimo disse...

Dois seres que se amam continuaram sempre a ser 2, mesmo quando a maioria acredita e afirma que passam a ser um só, nunca aceitei essa ideia pelo facto de todos nós termos a nossa própria individualidade. Se existe amor, serão 2 indivíduos que se complementam, com direito ao seu próprio espaço. É obvio que isso só acontece quando existe respeito, confiança e partilha de parte a parte. Quando um tenta manipular ou invadir à força o espaço do outro, não são um casal com toda a certeza.

 
Às 18 outubro, 2005 18:30 , Blogger Nilson Barcelli disse...

Somos mesmo todos iguais, somos todos azuis. Só que há azuis claros e azuis escuros...
O teu texto, deambulando pelos sensos e contra-sensos da vida, é um excelente ensaio literário. É uma delícia lê-lo, de tão rico em variantes não esperadas.
Deve ler-se com o cinto apertado para não perder o controlo do que vai passando pelos olhos.
Gostei. De ti também já só espero coisas destas.
Abraço.

 
Às 18 outubro, 2005 21:47 , Blogger Maria Azenha disse...

um beijo,

maat

 
Às 18 outubro, 2005 22:27 , Blogger Su disse...

mil beijos marados

 
Às 18 outubro, 2005 22:27 , Blogger lique disse...

Ler-te é um vício, Zé. Sensos e contrasensos, encontros e desencontros. E as palavras, sempre. Beijos

 
Às 18 outubro, 2005 23:02 , Blogger Peter disse...

Maat, tenho visitado o seu blog e lido os seus admiráveis versos, porém não consigo deixar coments.

 
Às 19 outubro, 2005 00:18 , Blogger Peter disse...

lazuli, deves estar com febre. A hora normal de me deitar é sempre por volta das 02h00 AM.

 
Às 19 outubro, 2005 00:56 , Blogger Fragmentos Betty Martins disse...

Sempre temos no olhar o “estatuário” possível da nossa presença. Mas adiamos constantemente o nosso lugar. Como se soubéssemos sempre, depois como retomar o rosto das coisas e presidíssemos das palavras como as pedras na evidência do tempo. Para inventar o silêncio. Na procura de pequenas “felicidades”!

Beijinhos

 

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