DESENCANTO
“Foi num clima de suspeição que decorreu o acto eleitoral. Os portugueses já fartos de sucessivos escândalos, mostram alguma apatia que se traduz depois na fraca afluência às urnas. É certo que muitos políticos não têm contribuído nada para um ambiente de transparência. Há um óbvio desencanto com quem nos tem governado.É justo realçar aqueles e aquelas que não se deixaram corromper. São ilustres anónimos, que têm dedicado o seu tempo ao bem comum.Para os “mediáticos” pelas piores razões, fica um pedido: afastem-se da política!”
( …)
"Sobre as declarações curtas e, várias vezes, inexactas, da PGR, Eduardo Prado Coelho volta a sentir náusea. Mas há quem veja, neste caso, uma de duas coisas: ou uma tentativa de retirar poderes ao Ministério Público, desacreditando-o, ou, pelo contrário, um embrião de um levantamento de magistrados para uma «operação mãos limpas», feita ao arrepio do poder político. Uma espécie de «golpe de Estado dos juízes». A propósito, é referenciado um encontro de «confraternização» de magistrados onde, pela primeira vez, se sentiu um «clima de cruzada» e de «limpeza» do País face ao ambiente geral de degradação da vida pública. Encontro onde, segundo os relatos, se viveu um sentimento de «auto congratulação» pelo facto de ser evidente, e pela primeira vez, que «a classe política não é intocável». E mesmo quando são referidos os exemplos de Leonor Beleza, ex-ministra da Saúde do PSD, ou de Costa Freire, seu ex-secretário de Estado, como tendo estado sob a alçada da justiça, a assunção é a de que «nada é como agora». Tanto mais que, de acordo com uma fonte, há mais de duas centenas de políticos referenciados no processo da pedofilia. O que, a ser verdade, prefigura uma fragilidade que nunca antes ocorreu numa classe política cuja imagem não é propriamente muito abonatória junto das magistraturas. Daí o desejo de «limpeza» destes «justiceiros» que têm nos juízes di Pietro e Baltazar Garzón os seus modelos de eleição. No meio desta teoria da conspiração, ouvem-se frases cifradas, envolvendo um «tocador de piano» que «está de fora do País a manobrar tudo».
(…)
In Jornal “Voz das Beiras” – Artigo de fundo – ass) A.Pinto Correia
5 Comentários:
Eu quero acreditar, mas!!!
A inteligência que criou este cenário procurou empobrecer a população, manter a pobreza ou aumentá-la para garantir ao estado pseudo social o fundamento necessário e a vitória nas eleições. Os pobres votaram nos partidos de esquerda e se fossem menos pobres poderiam votar noutros partidos, fugir-lhes ao controle. É URGENTE que se tome algumas medidas de administração equilibrada, actualmente parecem kamikazes porque acham que os fundos comunitários vão aguentando a pressão. A pressão é da globalização que parece não saberem sequer o que é e consequentemente a tempestade económica vai abater-se violentamente sobre a nossa economia com saldo favorável para os espanhóis. E nós continuamos... na cauda da Europa.
HÁ DESENCANTO SIM! Por inúmeras razões
Mas eu quero acreditar que toda esta situação vai mudar!!!
Beijinhos
betty, o artigo é do jornal do zezinho, talvez fosse preferível ser ele a responder-te.
A mim impressionou-me aquilo que ele designou por "golpe de Estado dos juízes".
Casualmente encontrava-me em Itália, em casa de um autarca, que se encontrava preso no âmbito da "operação mãos limpas", mas tal não impedia que a família vivesse na maior.
Meu caro António!
Este teu homónimo acha que com 862 anos de história, muitos deles passados em crises e guerras, este cantinho à beira mar arrumado vai superar tudo e todos mais uma vez.
E ainda vai ganhar o campeonato do mundo da bola...eh eh
Obrigado pela visita
Abraço
bluegift,sempre confiei no teu bom gosto.
É natural o desencanto. Já há muito que nos invadiu no que diz respeito à política. Fátimas, Valentins e afins são apenas aqueles de que temos conhecimento através da comunicação social. Existem muitos mais por aí.
Resta-nos esperar que os honestos sejam em maior quantidade e que consigam fazer alguma coisa.
Beijos, Betty
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