quarta-feira, agosto 21

Centro de Astrofísica desvenda mistério sobre galáxias

Centro de Astrofísica desvenda mistério sobre galáxias
Uma equipa internacional de astrónomos, liderada por investigadores do Centro de astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), conseguiu desvendar o mistério, com 30 anos, sobre os núcleos ativos de galáxias. O CAUP assinala, em comunicado, que a equipa “descobriu que o meio interestelar de algumas galáxias elípticas”, que têm a forma de uma esfera ou elipse, “é tão poroso que até cerca de 90% da radiação ionizante consegue escapar à absorção pelo meio interestelar”, material que preenche o espaço entre as estrelas, sobretudo gás e poeira. “Como consequência, o próprio meio interestelar torna-se também incapaz de emitir energia suficiente sob a forma de luz visível, resultando em luminosidades muito baixas nas riscas de emissão do gás ionizado, quando comparado com raios-X ou rádio”, adianta o centro. O investigador Polychronis Papaderos, do CAUP, realça que os resultados das novas observações, de maior resolução, “fornecem a solução de um enigma com 30 anos e um novo modelo conceptual, com o qual a família dos núcleos ativos de galáxias se torna muito mais simples”. Os núcleos ativos de uma galáxia são uma região relativamente pequena no centro de uma galáxia, que “apresenta uma intensa emissão de radiação eletromagnética”.

A radiação ionizante é radiação produzida pelas estrelas “com energia suficiente para promover a ejeção de eletrões de átomos e moléculas”. A radiação eletromagnética é um de vários tipos de radiação ionizante e corresponde às bandas de raios-X e raios gama. O CAUP explica que a emissão de radiação eletromagnética dos núcleos ativos de galáxias pode estar concentrada numa zona limitada do espectro eletromagnético, geralmente rádio ou raios-x, ou cobri-lo na quase totalidade. De acordo com o CAUP, a maioria dos núcleos ativos das galáxias “apresenta uma emissão muito elevada nas bandas do rádio ou dos raios-X, mas quase indetetável no visível”. Por isso, até agora, os astrónomos ignoravam se este tipo de objetos “correspondiam a casos de elevada atividade (evidenciada pela emissão intensa em raios-X) ou de baixa atividade (tal como sugerido pela fraca emissão no visível)”.

1 Comentários:

Às 21 agosto, 2013 22:57 , Blogger Peter disse...

Amigo "alf", estará aqui a explicação para a misteriosa "matéria negra?

 

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