Centro de Astrofísica desvenda mistério sobre galáxias
Centro de Astrofísica desvenda mistério sobre galáxias
Uma equipa internacional de astrónomos, liderada por
investigadores do Centro de astrofísica da Universidade do Porto (CAUP),
conseguiu desvendar o mistério, com 30 anos, sobre os núcleos ativos de
galáxias. O CAUP assinala, em comunicado, que a equipa “descobriu que o meio
interestelar de algumas galáxias elípticas”, que têm a forma de uma esfera ou
elipse, “é tão poroso que até cerca de 90% da radiação ionizante consegue
escapar à absorção pelo meio interestelar”, material que preenche o espaço
entre as estrelas, sobretudo gás e poeira. “Como consequência, o próprio meio
interestelar torna-se também incapaz de emitir energia suficiente sob a forma
de luz visível, resultando em luminosidades muito baixas nas riscas de emissão
do gás ionizado, quando comparado com raios-X ou rádio”, adianta o centro. O
investigador Polychronis Papaderos, do CAUP, realça que os resultados das novas
observações, de maior resolução, “fornecem a solução de um enigma com 30 anos e
um novo modelo conceptual, com o qual a família dos núcleos ativos de galáxias
se torna muito mais simples”. Os núcleos ativos de uma galáxia são uma região
relativamente pequena no centro de uma galáxia, que “apresenta uma intensa
emissão de radiação eletromagnética”.
A radiação ionizante é radiação produzida pelas estrelas
“com energia suficiente para promover a ejeção de eletrões de átomos e
moléculas”. A radiação eletromagnética é um de vários tipos de radiação
ionizante e corresponde às bandas de raios-X e raios gama. O CAUP explica que a
emissão de radiação eletromagnética dos núcleos ativos de galáxias pode estar
concentrada numa zona limitada do espectro eletromagnético, geralmente rádio ou
raios-x, ou cobri-lo na quase totalidade. De acordo com o CAUP, a maioria dos
núcleos ativos das galáxias “apresenta uma emissão muito elevada nas bandas do
rádio ou dos raios-X, mas quase indetetável no visível”. Por isso, até agora,
os astrónomos ignoravam se este tipo de objetos “correspondiam a casos de
elevada atividade (evidenciada pela emissão intensa em raios-X) ou de baixa
atividade (tal como sugerido pela fraca emissão no visível)”.
1 Comentários:
Amigo "alf", estará aqui a explicação para a misteriosa "matéria negra?
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