quarta-feira, agosto 1

Vale a pena estudar?

Vale a pena os pais sacrificarem-se até ao impossível para os filhos tirarem um curso superior e estes estudarem ao máximo para o poderem concluir? Acho que não. A filha de um amigo meu fez o curso secundário sempre com 5 e depois 20 a matemática. Por motivos que não vêm para o caso tirou um curso “mijaruca” , de que ela gostava, mas sem futuro  e continua no desemprego.

A economia paralela é um facto e este Governo não consegue acabar com ela. Não é a pedir uma fatura por um café que se vende por €0.50 que se resolve o problema. Se bater com o carro e tiver  de pagar o conserto, se comprar vestuário ou for a um restaurante com a família, aí sim, peço fatura. Mas se tiver de chamar um canalizador de um dos inúmeros cartões que me deixam na caixa do correio vejo-me logo confrontado com a seguinte resposta: o conserto é X mas se quiser fatura é X+Y. Que faz o leitor?

As senhoras idosas são obrigadas, por não poderem fazer as coisas, a ter uma empregada doméstica. Normalmente contratam alguém que trabalha para pessoa amiga e assim a empregada recebe de várias pessoas para quem trabalha, mas para efeitos de descontos só se inscreve como se trabalhasse para uma, das outras exige que lhe paguem em dinheiro, nada de cheques. Claro que de todas recebe o 13º e o 14º mês. Muitas vezes a senhora em questão terá de recorrer a uma dessas agências de limpeza (para as quais trabalham principalmente imigrantes do Leste) que as exploram.

Mais ou menos é o que acontece com os médicos e enfermeiros inscritos em agências de emprego e que se vêm obrigados a trabalhar por horas em paridade económica com as empregadas domésticas. Vale a pena estudar? Quem tem dinheiro são os “biscateiros” (eletricistas, canalizadores, pedreiros, pintores, serralheiros …).

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