FMI
Os Governos, quando recorrem ao FMI, como foi o nosso caso, ficam obrigados a adotar um conjunto de políticas económicas e fiscais no sentido de desenvolver a estabilidade económica, o que raramente acontece.
As políticas sugeridas pelo Fundo para o pagamento dos empréstimos fazem-se à custa da economia do país devedor, obrigando o Governo a impor severos programas de austeridade com cortes nos serviços sociais e públicos e eliminação de subvenções estatais, recaindo em especial sobre os mais desfavorecidos e levando ao desaparecimento de milhares de postos de trabalho com o consequente aumento do desemprego. Em resumo: as pessoas com menos recursos económicos veem-se obrigadas a pagar os empréstimos aos Governos cujas políticas anteriores haviam sido consideradas erróneas pelos economistas do FMI e, em consequência, corrigidas com mão de ferro.
Com este panorama, não é de estranhar que os empréstimos do FMI se convertam num foco de tensão em muitas partes do Mundo. Os sindicalistas romenos aumentaram a pressão sobre o seu Governo devido a duas disposições inaceitáveis:- Um congelamento salarial de 85% para os empregados do sector público.
- Futuros cortes nos salários.Na Letónia, o Governo resiste ao programa do FMI, apesar das múltiplas pressões, pedindo dinheiro emprestado a uma taxa de juros muito mais alta o que, segundo os dirigentes, é preferível a aceitar as condições impostas pelo Fundo.
Referência: “a troika e os 40 ladrões”, Santiago Camacho
3 Comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Curioso... parece que a Letónia está a seguir o exemplo do Sócrates...
Quem é o Sócrates? Esqueci-me de dizer que gostei bastante do teu texto, em especial do que transcrevi.
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