Um país à deriva
Alguém governa este país? Digo “este” porque julgo que ele há muito deixou de ser “nosso”. Os deputados perdem o seu tempo a averiguar se Sócrates mentiu ou não mentiu ao Parlamento. Quero lá saber se ele mentiu ou deixou de mentir, quero é que governe.
“Génios” que auferem milhões de euros como recompensa por terem administrado instituições falidas têm a “lata” de vir justificar a sua (não)actuação. Outras não estão falidas, é certo, mas se o Estado não tem dinheiro e não tem, para que lhes paga? Deve haver para aí muito desempregado capaz de fazer mais e melhor. Os que se sentem prejudicados ponham o caso em tribunal. Se calhar resolvia-se mais depressa que o mega processo Casa Pia.
O Presidente da República Checa foi pouco cortês para com o nosso País, na pessoa do nosso PR. Não se esqueçam de o convidar a visitar Portugal.
É paralisando o País com greves sucessivas que vamos resolver os nossos problemas, quando se tem o descaramento de exibir uma parada de Ferraris, se calhar comprados pelos proprietários de algumas fabriquetas que abriram falência, lançando na miséria milhares de trabalhadores?
Mas tudo o que estou a dizer se calhar é “demagogia e populismo barato” porque neste momento o que verdadeiramente interessa é o SLB ir ganhar o campeonato de futebol, ou a vida amorosa de Pinto da Costa. Raiva de sportinguista? Não, o que eu quero é ter o mínimo de condições para viver, uma vez que não tenho possibilidades de o poder fazer noutro país.
5 Comentários:
A mediocridade (e o servilismo, segundo António Barreto) dos deputados nomeados pelos 'aparelhos' partidários para as listas da assembleia da república espelha-se com eloquência na inepta inquirição das "intenções" (brada aos céus!) do 1º ministro se quis ou não quis silenciar o j.e.moniz e a tétrica pseudo-jornalista manuela moura guedes.
Numa altura em que o país se afunda endividado por anos de governação que substituiu o fomento da produção e do trabalho nacional pelo endividamento e subsidiação do estrangeiro ao consumo e despedício esbanjador;
num tempo em que ninguém ousa fazer as leis enxertando as modificações no corpo do direito, republicado por inteiro, como código vigente único - o que é prática obrigatória nos estados unidos;
onde os tribunais não ousam fazer jurisprudência; aceitam ouvir mil testemunhas em processo; os procuradores que dirigem a acusação judicial não são os que, depois, tem a responsabilidade causídica da acusação no tribunal - sendo assim indiferente a quem investiga se o faz ou não com o cuidado de reunir as provas válidas acusação;
num país em que as pessoas que sabem e denunciam o estado de coisas no país - como nuno crato, medina carreira, joão salgueiro e outros - não são convidadas a participar ou assessorar a política da reforma do estado;
num altura em que a resposta à pressão dos mutuantes e credores do estado e dos bancos do país deve ser a drástica redução dívida - nem que para tanto hajam de praticamente proibir-se a importação de bens com preços acrescidos de iva dissuasores ou abolidores desse tipo de gastos ou investimentos;
num tempo de crise assim, os néscios 'paus mandados' dos aparelhos partidários discutem nas comissões de inquérito o sexo dos anjos, com Bizâncio a cair degolada pelos Turcos!
A 'proposta' acima, de aumento do iva das matérias-primas, equipamentos e produtos sem incorporação nacional, é claro delicada por poder arrastar recessão eventualmente seguida de depressão económica e consequente maior défice das contas públicas por razões de solidadriedade.
Mas talvez, buscando a justa medida, a fina distinção entre as diferentes carências de importação, se encontre a medida regeneradora para a monstruosa dívida externa.
É claro que se fizermos isso, os credores internacionais vão espernear por se lhes acabar a vida doce de altos juros na expectativa da segurança do euro.
De qualquer modo, sem redução do endividamento não conseguiremos nada, e não chega exportar mais, é preciso importar menos e produzir e consumir nacional.
vbm
Vasco felicito-te vivamente pelo teu excelente comentário que terminas com "chave de ouro":
"De qualquer modo, sem redução do endividamento não conseguiremos nada, e não chega exportar mais, é preciso importar menos e produzir e consumir nacional."
A governação de Sócrates promoveu esses géniozinhos de que falas... e o país agoniza.
temos uma mentalidade de «consumidores» em vez de «produtores». Enquanto isso não for mudado, não há solução. O consumidor não produz riqueza, produz dívida.
Devia ser ensinado na escola, mas ensina-se o contrário e há muito tempo: produzir não dá estatuto, consumir é que dá; um empresário é um gatuno, o empregado é um santo.
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