INSEGURANÇA
“(…). Se a criminalidade existe hoje, entre nós, com a intensidade com que ela se manifesta, é devido à (também ela criminosa) displicência com que o fenómeno tem vindo a ser tratado. É porque os brandos costumes são o caldo de cultura de eleição da criminalidade. É porque o sistema prisional está cada vez mais parecido com uma cadeia de hotéis de auto-estrada. É porque qualquer criminoso sabe que pouco tempo ficará nas prisões. É porque homicidas, violadores e criminosos em geral sabem que muito provavelmente encontrarão no seu caminho uma boa alma que os mandará para casa em paz a aguardar julgamento. É também, porque, quando raramente as polícias actuam com firmeza, logo outras alminhas muito piedosas se insurgem contra a sua suposta brutalidade. É porque alguns criminosos vivem mais comodamente nas prisões do que nas suas próprias casas. É porque as prisões custam dinheiro e os presos idem aspas.
E dinheiro só para TGV.”
(in “O calcanhar de Aquiles”, João Marques dos Santos, advogado, jornal Correio da Manhã, 29 AGO 08).
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