quarta-feira, agosto 27

Como conseguiste sobreviver?

Cresceste durante os anos 40, 50, 60, 70, 80? Como pudeste sobreviver?
Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça nem air-bag! No banco de trás nós fazíamos uma farra! E isso não era perigoso! ...As camas de grades e os brinquedos eram multicolores e no mínimo pintados com umas lacas duvidosas, contendo chumbo ou outro veneno qualquer. Não havia fechos de segurança nas portas dos carros, correntes, medicamentos ou outros detergentes químicos domésticos. Andávamos de bicicleta sem capacete. Bebíamos água da torneira ou de uma mangueira e não águas minerais em garrafas esterilizadas.... Construíamos escorregas com caixotes de sabão e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma rua asfaltada, podiam tentar bater recordes de velocidade e até verificar a meio do caminho que tinham economizado os travões.. Alguns acidentes depois... Todos esses problemas estavam resolvidos! .....

Íamos brincar para a rua com a única condição de voltar para casa ao anoitecer. Não havia telemóveis... E ninguém sabia onde estávamos! Incrível!! ......
Tínhamos aulas só de manhã e íamos almoçar a casa.....
Canadianas, dentes partidos! Ninguém se queixava disso.
Todos tinham razão, menos nós.
Comíamos doces, pão com manteiga, bebidas e açúcar, não se falava de obesidade - brincávamos sempre na rua e éramos activos ... Dividíamos uma laranjada golo a golo e nunca ninguém morreu por isso ....

Nada de Playstations, Nintendo 64, X boxes, jogos de Vídeo , Dolby surround, Telemóvel, Computador, Chats na Internet ... Só amigos. Jogávamos ao espeta, à macaca, ao pião, ao guelas. A pé ou de bicicleta, íamos a casa dos amigos, mesmo que morassem a kms de nossa casa, entravamos sem bater e íamos brincar. É verdade! Lá fora, nesse mundo cinzento e sem segurança! Como era possível? Jogávamos futebol com uma só baliza e mesmo que não fossemos seleccionados ... nem era frustração, nem era o fim do mundo.
Havia alunos que estudavam e outros não. Uns passavam e outros reprovavam. Ninguém ia a correr a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos superdotados, nem se falava de dislexia, problemas de concentração, hiperactividade. Quem reprovava repetia simplesmente o ano, e cada um tinha uma nova hipótese…

Tínhamos: liberdades, insucessos, sucessos, deveres...e aprendíamos a lidar com cada um deles.

A única verdadeira questão é: como conseguimos nós sobreviver?
E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade?
Se calhar vão responder que era uma chatice, mas ... como éramos felizes!!!!!! Vale a pena pensar nisto.

(autor desconhecido)

6 Comentários:

Às 27 agosto, 2008 23:47 , Blogger Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá!

Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

– Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
- Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não, compra-o.
Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
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A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
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NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»

 
Às 28 agosto, 2008 00:12 , Blogger Peter disse...

Agradeço a visita e as palavras de apreço sobre o meu blog. Quando voltar para Lisboa irei procurar na FNAC o livro "Morte na picada".
E agora vou visitar o teu blog.

 
Às 28 agosto, 2008 09:44 , Anonymous Anónimo disse...

O que se faz para se vender um livrinho !!!!!!!!!
Vergonha.
E para se ter um comentário ou uma visita ?
Ridículo !
Josefina Bonaparte
PS - O meu marido era o Napoleão. Leiam as campanhas dele por toda a Europa. E não havia blogs para publicitar !

 
Às 28 agosto, 2008 12:46 , Blogger vbm disse...

Mas, no tempo do Napoleão, não havia blogues! Nem na infâncias dos 40, 50, 60, 70, 80, 90! :)) Porém, é bem verdade, estamos cada vez menos naturalizados e cada vez mais objectualizados como acessórios de máquinas...

 
Às 28 agosto, 2008 14:50 , Blogger Peter disse...

vbm

Boa: "estamos cada vez menos naturalizados e cada vez mais objectualizados como acessórios de máquinas..."

P.S.
Deixei ontem no teu blog um comentário que não foi publicado.

 
Às 28 agosto, 2008 19:01 , Blogger Meg disse...

Peter,

Está mais que visto, não era suposto que existíssemos ainda.
O que eles inventam.
O melhor é baralhar e voltar a dar.
Desde que há dias ouvi na TV uma magistrada apelidar a classe dos psicólogos de "essa fauna", não sei que te diga. Fiquei traumatizada, ou talvez não...

Um abraço

 

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