Os direitos das crianças
Com este título, A. Pinto Correia escreve no Jornal Torrejano, que consta dos n/links, um óptimo artigo, que deveria merecer a atenção de Pais, Professores e Instituições que têm interferência directa sobre as crianças, e cuja leitura aconselho vivamente.
Na impossibilidade de o transcrever na íntegra, pergunto:
- As crianças só têm direitos?
- Pais e Professores só têm deveres?
- Porquê a entrega das crianças, em caso de divórcio entre os cônjuges, “por regra” ao poder maternal?
“Assumir a dignidade e os direitos da criança, está certo. Mas devolver a autoridade a quem a deve exercer, impõe-se. Acredito que, se os filhos não contestarem os pais, algo vai mal. Mas é igualmente tempo de os pais poderem contestar comportamentos que em última análise conduzirão uma geração ao caos.”
11 Comentários:
Concordo com o que dizes, mas o tema não deixa de ser complexo...
Posso, no entanto, afirmar que toda a criança deve conhecer a autoridade (e falar de autoridade não é o mesmo que falar de autoritarismo). Só o reconhecer da autoridade pode trazer consigo o respeito (e não o medo).
Mas a questão vai muito além disto...
A crónica de José Ricardo Costa, "O atestado médico", éstá fantástica
Peter eu já tinha lido a matéria do zé no torrejano.... posso te dizer que concordo com ele.... tenho dois filhos e a guarda, na questão da separação coube a mim, o pai nem levantou a hipótese de pedir para si a guarda... o thiago tinha apenas 5 anos e o igor 9... mas, tenho certeza de que em muitos casos se a guarda fosse paterna, as crianças estariam melhores assistidas... é uma pena que ainda vivamos nesse tempo... acredito na responsabilidade da criança, cobro dos meus meninos um equilíbrio entre direitos e deveres... acho que resulta... gisele
Pego no jornal depois de escrever este artigo e que vejo?
"Filho esfaqueia mãe por insucesso escolar"
Não, não foi em nenhum bairro degradado. Foi num apartamento habitado por pessoas da classe media alta.
Mas há mais: na mesma página, Luís Reto,psicólogo social, pergunta:
"porque tinha naquele momento o rapaz uma faca na mão?"
A resposta está na mesma página, no terrível relato dos acontecimentos:
"Ao que o CM apurou, a discussão entre mãe e filho aconteceu na cozinha. Terá sido aqui que M.M. encontrou a faca com que matou a mãe."
O filho tem 17 anos.
a.duarte lázaro:
"Caímos na tentação do facilitismo. Mergulhámos de cabeça na desculpabilização pura e simples de todos os actos que as crianças praticam; enquanto pais ou educadores, estamos castrados de exercer a nossa função. São as ameaças com a Assistência Social, com tribunais de menores, com uma panóplia de leis intrincadas e permeáveis que permitem estarmos a criar uma geração de "gangsters"."
Giselle, acho que essa é a via correcta, um equilíbrio entre direitos e deveres.
As crianças precisam de cuidados. E o tratamento das crianças, tanto no seio da família como no âmbito de outras entidades públicas e privadas, deverá ter em conta as normas e princípios de direitos humanos de que as crianças, enquanto pessoas, beneficiam. Mas implica também que as crianças deverão beneficiar de cuidados e atenções especiais, que as protejam contra os perigos inerentes à sua situação de particular vulnerabilidade. É uma realidade que os direitos das crianças, não são respeitados!
Outro problema que se fala muito menos
Pais que educam mal os filhos!
Digo isto porque; existem pais que “estragam” os filhos, não lhes incutem o que é o respeito pelos próprios pais e pelas outras pessoas. Hoje valores da família principalmente nos adolescentes, não existem pura e simplesmente! CULPA DOS PAIS! È como construir um prédio – alicerces maus, 1º e 2º andares pode até não se notar, mas os que vêm a seguir nota-se que já está torto. E a maior parte das vezes estas falhas são muito graves e com consequências desastrosas.
Beijinhos
letrasaoacaso,os pais "compram" as crianças com "game boys" e outras porcarias. Um casal a trabalhar todo o dia, morando fora de Lisboa, não tem tempo, nem disponibilidade, para dar aos filhos a atenção e o carinho e cuidados, que eles necessitam.
Conheço casos concretos de professoras que foram violentamente agredidas pelos alunos e que não se queixaram, por diversos motivos que não vêm para o caso, senão a conversa nunca mais tinha fim.
peter.. meus meninos tem toda essas parafernálias que existem... mas eu não os dispenso.. dos deveres da escola... do esporte... e da leitura.... é o que eu te digo a respeito do equilíbrio... é preciso... a vida nos impôem direitos e deveres... temos que ensinar isso a eles....
ops.. esse anônimo sou eu...gisele
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