sexta-feira, outubro 21

ARCO-ÍRIS

Uma excelente casa. Agrada-me a ideia da sua quase suspensão.Agrada-me a ideia da tranquilidade envolvente e a integração na natureza o distanciamento do mundo de todos, a possibilidade de controlar o seu acesso ao meu próprio mundo? Não sei. Mas sorrio a isso, benevolente comigo mesma. Por vezes serei uma iluminada e a outra insana, por vezes uma só.Seria uma casa assim o meu possível lugar? Se nunca o encontrei antes…
[O não saber da possibilidade desse mágico lugar que buscas para ambos remetendo a sua descoberta para um espaço suspenso e o acreditar que esse local está à distância de um pensamento rápido e fugaz bastando para tanto saber agarrá-lo e guardá-lo entre mãos convertendo-se em oferenda que se dá ao outro fazendo a comunhão de seres que se querem - «Parece-me bem» - e porém se evitam fazendo desse desejo algo imaterial só possível com sons de Bach]
No recolher pedaços dispersos de mim de um chão que se quer verde, verde de pequenas plumagens herbáceas mescladas aqui e ali por multitons descobrindo pedaços de humanidades que nem sequer me pertencem e o desaconchego de saber que todos, todos têm pedaços espartilhados, estilhaçados e não sermos mais que mil pedaços adubando terra que fará nascer o homem novo na reunião inevitável de todos esses bocados de nós.
O saber a tarefa grandiosa e o evitar da hibridez farão do recolher minúsculos pontos de carne, sangue e espiritualidades.
O constatar que a água vertida dos céus se perde em intrincados labirintos deslizando entre terras sulcando o solo sulcando a vida sulcando-me e sulcando-te, traçando mil pontos aparentemente divergentes e que por acção de acasos convergirão num único ponto fazendo um…
Mil águas passaram.Repetir-se-ão mais mil.Dos sulcos restará a impressão feita em quadricomias e multicores. No fim estará o arco-íris.

5 Comentários:

Às 22 outubro, 2005 00:00 , Blogger Su disse...

que nada nos impeça de ver o arco iris...apesar de serem necessárias as nuvens......

jocas maradas

 
Às 22 outubro, 2005 00:48 , Blogger Fragmentos Betty Martins disse...

Arrebatamento...

Que seja seara
As tuas palavras em mim
Lavra o meu corpo
Com o teu olhar
E semeia no meu peito
Glicínias de aroma doce
De cachos de púrpura cor
Dá-me um beijo de aguarela
E colhe da minha boca

Poemas...

Lampejos de luz
Infinita cor
Faz deles um Arco-Íris
Pendura-o na ponta
De ¼ de lua

Vamos fazer a dança da chuva
Desafiando os deuses
Mandando mensagens às estrelas
Dentro de bolas de sabão
Vamos desenhar sorrisos
Na cauda de um cometa
Quero descobrir onde se deita a lua nova
Sentir a força da natureza
Quando um raio rasga a terra
E os rios faz nascer

Meus braços árvores sejam
Esguias, erguidas ao céu
O vento cante em meus ramos, que o sol beijam
Olhos d´água, alimento teu

Chuva de prata; encantamento
Embriaguez dos sentidos, um quê d´errante
Aroma doce, despertar; arrebatamento
Seara de ti, em mim, amado... amante

Beijinhos

 
Às 22 outubro, 2005 01:02 , Blogger margusta disse...

Olá passei para te deixar um beijinho , e agradecer as tuas palavras lá na minha casinha.
Amanhã volto para te ler.

 
Às 22 outubro, 2005 01:09 , Blogger Peter disse...

su e sol ...

 
Às 22 outubro, 2005 02:06 , Blogger Amita disse...

Entre as incertezas e o acomodar...resta a convicção (firme) de que no fim estará o arco-íris. Um bjo, um doce sorriso e um bom fim-de-semana

 

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