sexta-feira, julho 1

Eu sei que se vão rir ...

Há poucos dias um amigo meu regressava de Madrid a Lisboa de automóvel, acompanhado da namorada e vinham com a capota fechada, pois era de noite e estava frio. Muitos conhecem a estrada, que tem longas rectas e é um descampado, pois as bombas de gasolina não são junto à mesma, como sucede em Portugal.

A cerca de 100kms de Badajoz, começaram a ser iluminados do alto, por uma luz desconhecida, uma espécie de nevoeiro, ou nuvem, que sobrevoava o carro. A princípio não ligaram, pois pensaram tratar-se de um helicóptero, mas não se ouvia qualquer ruido. A "nuvem" teria o tamanho do carro e acompanhava-os sempre, quer eles se deslocassem para a direita, quer o fizessem para a esquerda.

Nessa altura a moça começa a entrar em pânico e pede-lhe para sairem da estrada e irem, por uma estrada secundária, à procura duma estação de serviço, o que ele recusou, pois na auto-estrada sentia-se mais em segurança. Encheu-se de coragem e abriu a capota do carro. A luz era muito intensa o que dificultava imenso a visão e a distinção das formas da "coisa", mas apercebeu-de de um disco mais pequeno, ligado por filamentos luminosos a outro maior, situado por baixo daquele e que estariam aí a uns 50m de altura.

Correu a capota e acelerou ao máximo a caminho de Badajoz, onde sabia existir uma estação de serviço quase junto à cidade e por onde enfiou de imediato. Ficaram um bocado dentro do carro e a "nuvem" desapareceu repentinamente, tal como chegara.

Desligou o carro, meteu a chave no bolso e dirigiram-se para a cafeteria. Quando vão a entrar, o carro recomeçou a trabalhar sózinho!

Só descansaram quando chegaram a Lisboa.

No dia seguinte contou o ocorrido ao irmão e foram os dois ver o carro. Quando se aproximaram, o carro começou de novo a trabalhar sózinho, com todas as luzes e piscas a acender e a apagar.

Nem ele, nem eu, acreditamos em: milagres, aparições, ou discos voadores.

O meu amigo, que é dentista, não foi trabalhar. Ainda está extremamente perturbado e não conta o caso a ninguém para não o gozarem. Contou-me a mim, pois somos amigos há muito tempo e eu estava a notar diferenças no seu comportamento.

6 Comentários:

Às 01 julho, 2005 17:00 , Blogger Peter disse...

Que o meu amigo não é mentiroso, nem maluco, nem acredita em "histórias da carochinha", disso tenho eu a certeza. Se fosse comigo era capaz de me borrar com medo ...

 
Às 01 julho, 2005 18:21 , Blogger Peter disse...

O carro? Trocou-o já. Não, não conheço o Garcez. Mas tudo são histórias "por ouvir dizer", e em que nunca acreditei, mas aqui é o meu dentista, de quem sou amigo há muito e as coisas passaram-se em Junho. Foi a primeira vez que falei com ele e pediu-me para não contar o caso. Faço-o aqui porque ninguém sabe a sua identidade. Qual o interesse dele em mentir?

 
Às 01 julho, 2005 21:18 , Blogger Peter disse...

M.Myers, nunca acreditei nessas histórias, mas ao ver ali o meu amigo, ainda aterrorizado, olha, não sei o que pensar. Penso que deveria ter sido uma experiência terrível. O que é? O que são? Não sei. Só sei que aconteceu a um amigo e que não é uma notícia de jornal. ///Boas férias.

 
Às 03 julho, 2005 18:31 , Blogger Peter disse...

Zé, não é assim. Ele está completamente aterrorizado. Deixou de ser quem era há um mês atrás e considera-se completamente desamparado, porque não pode contar a ninguém os seus problemas. Aliás vê-se aqui no blog: ninguém acredita. Eu não acreditava, mas como não o fazer, vindo de quem vem e com todos os pormenores de locais que bem conheço?

 
Às 03 julho, 2005 23:28 , Anonymous Anónimo disse...

Eu acredito. Estou como o Zé: porque achamos que somos os únicos no Universo? Acredito que não somos.

 
Às 04 julho, 2005 01:07 , Blogger Peter disse...

Ângela, eu acredito que "não estamos sós no universo". Seria um "desperdício", como dizia o Carl Sagan. O problema está no "contacto". Como se podem vencer milhões de anos que nos separam das estrelas mais próximas? No estado actual dos nossos conhecimentos e mesmo que conseguíssemos viajar à velocidade da luz, é impensável e daí o desinteresse dos cientistas. Mas quando as coisas acontecem com um amigo, é muito diferente duma notícia no jornal que refere um caso ocorrido com um indivíduo que me é totalmente desconhecido. No caso presente eu dou um passo atrás e começo a pensar que as coisas não acontecem só a desconhecidos e que até podem acontecer comigo.

 

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