quarta-feira, maio 22

VOCÊ SABE O QUE É UM CAFÉ SUSPENSO?

 
«Entramos num pequeno café com um amigo meu e fizemos o nosso pedido. Enquanto estamos a aproximar-nos da nossa mesa duas pessoas chegam e vão para o balcão:
- Cinco cafés, por favor. Dois deles para nós e três suspensos."
Eles pagaram a sua conta, pegaram em dois e saíram.
Perguntei ao meu amigo :
- O que são esses cafés "suspensos?"
O meu amigo respondeu-me:
- Espera e vais ver.
Algumas pessoas mais entraram. Duas meninas pediram um café cada, pagaram e foram embora. A ordem seguinte foi para sete cafés e foi feita por três advogados - três para eles e quatro "suspensos". Enquanto eu ainda me pergunto qual é o significado dos "suspensos" eles saem. De repente, um homem vestido com roupas gastas que parece um mendigo chega na porta e pede cordialmente:
- Você tem um café suspenso?'
- É simples - as pessoas pagam com antecedência um café que servirá para quem não pode pagar uma bebida quente. A tradição com os cafés suspensos começou em Nápoles, mas se espalhou por todo o mundo e em alguns lugares você pode encomendar não só cafés "suspensos" mas também um sandes ou uma refeição inteira.
Não seria maravilhoso ter esses cafés ou lojas de supermercado em todas as cidades onde os menos afortunados possam encontrar esperança e apoio?»
Era bom divulgar esta ideia.

Se calhar até se podia pôr um dístico nas portas dos cafés que adiram a esta ideia, para se saber se têm ou não "café suspenso".

1 Comentários:

Às 28 maio, 2013 14:49 , Blogger alf disse...

Há quase 20 anos vivi em Odivelas durante 2 anos; e fiquei fascinado com o nível de qualidade humana que encontrei. Começava logo pelo condomínio: em vez de ser preciso andar atrás de alguns para pagarem a renda e para não porem o lixo fora dos caixotes, de não haver ninguém para tratar dos assuntos, etc, como sempre me aconteceu em Lisboa, era ao contrário.
Nos cafés vi muitas vezes indigentes entrarem timidamente e o dono do restaurante /café discretamente indicar-lhes uma mesa e levarem-lhes um almoço; sem alarde, sem ninguém perceber.

 

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