Relatório do FMI propõe
aumento de taxas moderadoras e dispensa de 50 mil professores
O aumento das taxas moderadoras, a dispensa de 50 mil professores e um
corte em todas as pensões são algumas das medidas propostas do Fundo Monetário
Internacional num relatório pedido pelo Governo sobre o corte nas funções do
Estado. No relatório, divulgado hoje pelo Jornal de Negócios, mas que tem data de
dezembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) detalha medidas que “poderão aumentar
a eficiência do Estado, reduzindo a sua dimensão de forma a suportar a saída da
crise”. No documento, o FMI propõe “um corte permanente na despesa de quatro
mil milhões de euros a partir de 2014, que poderá ser precedido de uma redução
de 800 milhões já este ano”.
Redução de funcionários e salários na Educação, Saúde
e forças de segurança e cortes no Estado Social, que consideram iníquo,
especialmente para os mais jovens, são algumas das áreas a que o FMI dá
especial atenção. O documento, que já foi entregue ao Governo português, refere
que há classes profissionais (polícias, militares, professores, médicos e
juízes) que têm “demasiadas regalias”. No relatório é referido que os polícias,
os militares e os professores “continuam a ser um grupo privilegiado na
sociedade”, que os médicos têm salários excessivamente elevados (principalmente
devido ao pagamento de horas extraordinárias) e os magistrados beneficiam de um
regime especial que aumenta as pensões dos juízes em linha com os salários”.
De acordo com o FMI, o corte dos salários dos
funcionários públicos e nas pensões são as duas vias centrais para a redução do
peso do Estado. O FMI chama também a atenção para o sistema de proteção social,
que diz ser “demasiado dispendioso, injusto e especialmente para os mais
jovens”, defendendo que o “subsídio de desemprego continua demasiado longo e
elevado”. A dispensa de 50 mil professores, que permitiria uma poupança até 710
milhões, e um aumento das propinas no ensino superior são outras opções
apontadas no relatório.
1 Comentários:
Vivemos num estado da direita
mas não estamos no fim da história
Que fazer?
Resistir resistir
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