terça-feira, novembro 13

A EXTREMA-ESQUERDA E A FOME


"Foi instrutiva a maneira como certa esquerda – a do Bloco, nomeadamente – reagiu a palavras de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome, de Lisboa, proferidas num canal de televisão há uma semana. Essas palavras deveriam ter sido menos suscetíveis de interpretações abusivas, mas no essencial exprimem o óbvio: os portugueses viveram coletivamente durante anos acima das suas possibilidades (daí o endividamento das famílias e do país), pelo que têm que adotar estilos de vida mais sóbrios. Aliás, já o estão a fazer.

Pois a “esquerda caviar” indignou-se. Dar esmola a um pobre atrasa a revolução. E passou ao insulto, como é costume. F. Louçã classificou I. Jonet de membro do Movimento Nacional Feminino (organização do tempo de Salazar) e acusou-a de “brincar à caridadezinha”.

O facto é que I. Jonet (que também preside à Federação Europeia de Bancos Alimentares) fez mais pelos que passam fome do que todos os discursos ideológicos da extrema-esquerda, com a sua ridícula pretensão de superioridade moral. Perguntem a quem recebe esta ajuda alimentar de emergência.”

(Francisco Sarsfield Cabral)

1 Comentários:

Às 13 dezembro, 2012 18:50 , Blogger O Puma disse...

Uma infelicidade nunca vem só

 

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