A EXTREMA-ESQUERDA E A FOME
"Foi instrutiva a maneira como certa esquerda – a
do Bloco, nomeadamente – reagiu a palavras de Isabel Jonet, presidente do Banco
Alimentar contra a Fome, de Lisboa, proferidas num canal de televisão há uma
semana. Essas palavras deveriam ter sido menos suscetíveis de interpretações
abusivas, mas no essencial exprimem o óbvio: os portugueses viveram
coletivamente durante anos acima das suas possibilidades (daí o endividamento
das famílias e do país), pelo que têm que adotar estilos de vida mais sóbrios.
Aliás, já o estão a fazer.
Pois a “esquerda caviar” indignou-se. Dar esmola a
um pobre atrasa a revolução. E passou ao insulto, como é costume. F. Louçã
classificou I. Jonet de membro do Movimento Nacional Feminino (organização do
tempo de Salazar) e acusou-a de “brincar à caridadezinha”.
O facto é que I. Jonet (que também preside à
Federação Europeia de Bancos Alimentares) fez mais pelos que passam fome do que
todos os discursos ideológicos da extrema-esquerda, com a sua ridícula
pretensão de superioridade moral. Perguntem a quem recebe esta ajuda alimentar
de emergência.”
(Francisco Sarsfield Cabral)
1 Comentários:
Uma infelicidade nunca vem só
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