Amiga
Deixa-me ser a tua amiga, amor;
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.
Que só, de ti, me venha mágoa e dor
O que me importa, a mim?! O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for
Bendito sejas tu por mo dizeres!
Beija-me as mãos, amor, devagarinho…
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho…
Beija-mas bem!… Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!…
(Florbela Espanca)
No antigo 4ºano, Florbela Espanca foi para Évora, para o então Liceu André de Gouveia (foto) onde hoje é a Universidade.Com ela foi toda a família, que se instalou na Rua de Avis, nº16.
Florbela foi das primeiras mulheres a frequentar o liceu eborense. Foi aluna do Liceu de Évora até 1912.
Em 08 de Dezembro de 1913 – o dia dos seus 19 anos – casou-se civilmente com Alberto Moutinho, seu colega de liceu.
4 Comentários:
Adoro Florbela. Conheci o Liceu de Évora por ter sido a antiga Universidade e voltou à sua função original. Muito bela a foto.
Beijo
A foto é linda e o poema, confesso não conhecia.
Obrigada pela partilha e pela visita ao meu blog.
Fica um beijo, com todas as certezas - nada de "talvez".
Marta
a Florbela Espanca viveu antes de Tempo. por isso antecipou o Tempo...
abraços
Olá!
Uma evocação da Florbela Espanca que é sempre atempada.
Abraço
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