Será que existe mesmo “energia escura” (dark energy)?
Na observação de enxames (“clusters”) de galáxias distantes, o observatório espacial de raios-X, XMM-Newton forneceu novos dados acerca da natureza do Universo, ao descobrir diferenças estranhas entre os actuais aglomerados e os existentes no Universo há cerca de sete mil milhões de anos. Os enxames de galáxias são prodigiosos emissores de raios-X porque contêm uma enorme quantidade de gás a temperaturas muito elevadas. Este gás rodeia as galáxias tal como o vapor de água rodeia as pessoas presentes numa sauna.
Observações anteriores tinham levado muitos astrónomos a acreditar que vivemos num Universo de “baixa densidade” no qual uma substância misteriosa, conhecida como "Dark Energy” ou “energia escura", que parece não ser o mesmo que “Dark matter” (é algo de muito complexo que eu não tenho a mínima capacidade de compreender, quanto mais de tentar explicar) está presente em 70% do conteúdo do Cosmos. Sendo assim, cedo na história do Universo, os enxames de galáxias deveriam ter deixado de crescer, e consequentemente parecerem indistinguíveis dos de hoje, o que não sucede.
Em face do observado, os astrónomos do projecto Omega do XMM-Newton, preparam-se para mostrar que os “enxames de galáxias” presentes no Universo longínquo não eram como os actuais. Este resultado indica que o Universo tem de ser um ambiente de “grande densidade”, em clara contradição com o modelo aceite actualmente, que defende um Universo com mais de 70% de “energia escura, como se disse acima e “matéria de densidade muito baixa”. Esta conclusão é bastante controversa na medida em que para estes resultados poderem ser considerados, o Universo terá de possuir uma grande quantidade de matéria, deixando pouco "espaço" para a tal “dark energy”.
O XMM-Newton forneceu aos astrónomos uma nova visão do Universo e um novo mistério a ser desvendado. Em relação à possibilidade de os resultados agora obtidos estarem errados, outros observatórios de raios-X se encarregarão de os confirmar e se chegarem aos mesmos resultados,
PODEREMOS TER DE REPENSAR A NOSSA COMPREENSÃO DO UNIVERSO
Isto se alguma vez o conseguirmos compreender…
Etiquetas: Universo Fantástico
9 Comentários:
Peter
Eu confesso que o tema me interessa muito, gosto imenso de astronomia, mas nada sei.
Mas se permites, às vezes, de algum tempo para cá, sinto que flutuo no espaço e de vez enquando, caio num buraco negro.
O que vale, ha sempre uma "estrela"
por perto.
Um abraço
"noitestrelada", cada maluco tem a sua mania, é o meu caso.
Fico satisfeito por o número de leitores interessados por estes assuntos, estar a aumentar, o que me encoraja a, de vez em quando, deixar aqui uns posts.
Há teorias científicas que admitem que a queda num "buraco negro" pode conduzir, através de um chamado "buraco de verme", à passagem para outro Universo.
Mas é melhor ter um "astro" por perto. LOL
Bom Domingo
"lazuli": quando mais fundo conseguimos penetrar no Cosmos, mais nos aproximamos dos primeiros (é relativo) momentos do Universo. Como a atmosfera terrestre absorve os Raios X, a observação das radiações de alta energia emitidas pelas galáxias longínquas, cuja luz visível não chega até nós, não pode ser feita a partir dos telescópios ópticos, estacionados em terra e daí colocarmos em órbita telescópios detectores de Raios X.
Ou te andas a deitar tarde, ou eu me ando a levantar cedo.
Bom Domingo.
Beijinhos, bem despertos*
sublinho apenas:
"Isto se alguma vez o conseguirmos compreender… "
:)
um bom domingo
Lúcia
P.S. ando meia desaparecida por causa dos trabalhos.
voltarei com novidades*
Lúcia, és sempre bem-vinda. Desejo que tenhas sucesso e agrado nesses teus "trabalhos".
Bom Domingo. Por aqui, de vez em quando, cai uma bátega de água.
Bj*
"lazuli", não sei se será ficção científica. Ao quark up, opõe-se o quark down, ao electrão, opõe-se o positrão, porquê a um universo de matéria, não se oporá outro de anti-matéria?
Não será certamente por qq processo de propulsão convencional, mesmo quase a atingirem-se os limites da velocidade da luz, que atingiremos outras estrelas, mesmo da nossa galáxia.
O prof Rui Barbosa, no Colóquio organizado pelo OAL, no dia 09 de Janeiro, na FCUL proferiu uma conferência: "Meios de propulsão. Viagens interplanetárias e interestelares", bem interessante.
Como estás a "gerir" a tua gripe?
Melhoras*
como é habitual, é um prazer ler-te, pq aprende-se...
jocas maradas de galáxias
"lazuli", não digas nada a ninguém, mas sou mesmo "um cientista da NASA incógnito".
Que tal de Domingo?
Bjs*
"su", mais uma aderente ao "Clube dos Marados de Galáxias" ou (CMG).
Que tal de Domingo?
Bj*
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