quarta-feira, julho 13

Eugénio de Andrade

Fotografia de Pedro da Costa Pereira, retirada da sua galeria Aqui


Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

5 Comentários:

Às 13 julho, 2005 11:32 , Anonymous Anónimo disse...

Recordando sempre o Homem. bj querida

 
Às 13 julho, 2005 21:57 , Anonymous Anónimo disse...

Entre os teus lábios sinto o sorriso que te sai do peito, amiga
Paulo

 
Às 15 julho, 2005 13:06 , Anonymous Anónimo disse...

Lindo poema mais uma vez, só demonstra a tua o quanto és sensivel às palavras, mesmo escritas por outros.

Bjs

 
Às 15 julho, 2005 13:07 , Anonymous Anónimo disse...

Desculpa no meu comentário "a tua" está a mais.

 
Às 16 julho, 2005 23:32 , Blogger Heloisa B.P disse...

Belissimo, o POEMA e Perfeita, a IMAGEM!

"Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio."
E' BELISSIMO TODO *ELE*, mas faco este destaque!
ESCOLHA DE SENSIBILIDADE E EXCELENTE GOSTO!
Saudacoes!
Heloisa B.P.
********************

 

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