Eugénio de Andrade
Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
5 Comentários:
Recordando sempre o Homem. bj querida
Entre os teus lábios sinto o sorriso que te sai do peito, amiga
Paulo
Lindo poema mais uma vez, só demonstra a tua o quanto és sensivel às palavras, mesmo escritas por outros.
Bjs
Desculpa no meu comentário "a tua" está a mais.
Belissimo, o POEMA e Perfeita, a IMAGEM!
"Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio."
E' BELISSIMO TODO *ELE*, mas faco este destaque!
ESCOLHA DE SENSIBILIDADE E EXCELENTE GOSTO!
Saudacoes!
Heloisa B.P.
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