Tempo de regeneração
“A responsabilidade individual é indispensável a uma democracia saudável. Numa democracia, as pessoas não se podem queixar da classe política nem atribuir aos políticos todas as culpas das suas dificuldades, porque num regime democrático somos todos que decidimos e todos que escolhemos. A actual situação e a aparente irresponsabilidade que os mais altos responsáveis do país demonstram, deviam levar-nos a pensar sobre o que nos fez chegar aqui. A abstenção crescente é, seguramente, um factor que ajudou a que cada vez menos falassem por todos, quando chega a hora de decidir nas urnas. A ideia de que ir para a política é para quem não tem jeito nem habilitações para mais nada é também um factor que deixou a actividade política nas mãos de quem se serve da política, quando esta deve ser exercida por quem quer servir a sociedade. Aqui chegados, é urgente usar este tempo de regeneração económico-financeiro para tentarmos também regenerar o país. Só assim teremos, de facto, condições para mudar de vida. Era bom que nunca mais fosse possível ver na televisão um comissário europeu a passar, com razão, um raspanete ao Presidente da República português.” (Raquel Abecasis, in “página 1” de 11/03/11)
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