segunda-feira, março 14

O risco nuclear

“O trágico terramoto, seguido de maremoto, no Japão foi o quarto mais violento do mundo desde que há registos. Morreu muita gente – dezenas de milhares. Mas o tremor de terra do ano passado no Haiti, menos forte, matou mais de 200 mil pessoas. E o tsunami no oceano Índico em 2004 fez 230 mil vítimas mortais.
Os japoneses preparam-se para a probabilidade de sismos no seu país. A construção é anti-sísmica. Mas falhou a prevenção nuclear. Contra o que a prudência reclamaria, o Japão tem centrais nucleares em zonas de alto risco sísmico. E agora aconteceram graves, problemas em quatro dessas centrais na sequência do sismo.
Não é uma catástrofe da dimensão da ocorrida há 25 anos em Chernobil, na Ucrânia. Mas o que se passou agora no Japão é suficientemente grave não só para que os japoneses tomem medidas adicionais de segurança, como para que os adversários da energia nuclear ganhem um novo argumento, e de peso. Afinal, as centrais nucleares têm ainda riscos que não se limitam à impossibilidade de eliminar o “lixo” radioactivo.”

(Francisco Sarsfield Cabral, in “página1” de 14/3/11)

2 Comentários:

Às 20 março, 2011 20:39 , Blogger Manuel Veiga disse...

abraços

 
Às 21 março, 2011 11:32 , Blogger Peter disse...

Muito bom o teu comentário, até porque focas um aspecto importantíssimo:
"Sarsfield Cabral esqueceu-se de dados importantíssimos, do Hawai, do Alasca, da chuva que progressivamente se tornará letal. E, mais do que tudo, que a região de Tóquio conta com uns, aparentemente módicos, mais de 30 milhões de habitantes..."

É o fim de um país.

 

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