sábado, maio 6

Medicamentos


Nos primeiros 3 meses do corrente ano foram entregues nas farmácias, por terem expirado o prazo de validade, 154 toneladas (!) de medicamentos.

Em Março a venda de medicamentos cifrou-se em 222,5 milhões de Euros, ou seja: mais 20% do que no mês anterior.

A maior parte dessa verba foi suportada pelo Estado, ou seja, por todos nós os que pagamos impostos porque, como todos sabemos, estes são pagos por quem não pode fugir a esse dever, ou seja: os trabalhadores por conta de outrem. As fugas continuam, embora em menor escala, convenhamos, porque é difícil controlar as receitas das chamadas profissões liberais e os grandes capitalistas têm técnicos especializados que lhes permitem "contornar" o problema.

Mas se os remédios (o nosso dinheiro) foram para o lixo, é porque:

- Os doentes não os tomaram.
- Os médicos receitaram em demasia (?)
- As embalagens são demasiado grandes e aqui deveria haver normas bem explícitas que proibissem o fabrico para venda ao público de embalagens grandes. Na maior parte das vezes, as embalagens dos remédios receitados pelos médicos não são inteiramente consumidas e isso segundo indicações dos próprios médicos.

O SNS é um Serviço inestimável, uma conquista que todos deveremos lutar para preservar, mas contra o qual se movimentam interesses económicos poderosos. Tudo o que for feito para poupar os gastos com a saúde traduzir-se-á forçosamente numa disponibilidade de verbas para utilizar na sua melhoria.

9 Comentários:

Às 06 maio, 2006 03:28 , Anonymous Anónimo disse...

acho que as pessoas se tornaram numas hipocondriacas de primeira...
xiça..

sobre isto não tenho muito a dizer, eu sou assim: viva a tudo o que é natural.

Beijo e boa noite
Lúcia

 
Às 06 maio, 2006 10:50 , Blogger Peter disse...

Lúcia, desde o dia 26 de Abril que tenho estado impossibilitado de contactar convosco e confesso que já tinha saudades.
O PC avariou e depois tardei a conseguir restabelecer a ligação à Internet.

Um bom fds para ti, cara amiga.

 
Às 06 maio, 2006 14:24 , Blogger Papoila disse...

Olá Peter. Em relação aos medicamentos genéricos, cada vez mais utilizados pela classe médica, pergunto-me porque os mesmos têm a imagem de marca e não são vendidos nas quantidades exatas prescritas pelo clínico como acontece no Reino Unido? Se a bio-equivalência está assegurada, para que sejam comercializados, porque não adoptar medidas nesse sentido? Quanto às novas moléculas e originais há sempre uma embalagem de teste para se utilizar no início de uma terapêutica, e depois sim as embalagens para um mês de tratamento que se sobejam muitas vezes é porque os doentes não cumprem porque muitas das doenças que exigem tratamento crónico, como a hipertensão arterial, e a diabetes, não se "sentem", e quando se começam a sentir já há complicações que o doente necessáriamente não esquece.
Quanto aos médicos receitarem muito, não será bem assim, porque também eles na sua grande maioria são trabalhadores por conta de outrém, e portanto também pagam impostos... e estão atentos aos gastos em saúde. (Isto é quase um artigo de opinião) Beijo

 
Às 07 maio, 2006 00:39 , Blogger Peter disse...

Papoila, quero focar dois assuntos e vou começar pelo último:
- Um meu familiar vai à médica de gastro, que a enche de remedios, a maior parte dos quais não toma. Em compensação, o medico de cardio, nunca lhe receitou nada.
- Uma moça, filha de um vizinho meu recentemente falecido, e que vive no Canadá, contou-me que, se uma pessoa vai ao médico e ele lhe receita um medicamento do qual deve tomar 2 comprimidos por dia, durante 10 dias, vendem-lhe apenas 20 comprimidos.

Bom Domingo

 
Às 07 maio, 2006 00:42 , Blogger Peter disse...

Lazuli, as palavras são merecidas.

Bom fim de semana, e um beijinho.

 
Às 07 maio, 2006 00:44 , Blogger Peter disse...

Lady, é como dizes.

Bom Domingo*

 
Às 07 maio, 2006 09:43 , Blogger Peter disse...

Não vou falar das relações entre médicos, farmácias, laboratórios multinacionais fabricantes de produtos farmaceuticos e Estado. É geral, não é só em Portugal, leia-se "O fiel jardineiro", de John le Carré, agora adaptado em filme.
O Estado que não financia suficientemente a investigação, "fecha os olhos", porque os laboratórios o fazem, aliás numa pequena cota parte relativamente aos lucros que tira.

Lembro-me quando se compravam nas farmácias, duas aspirinas, ou duas alka-seltzer, para debelar a ressaca...

Um bom Domingo para vocês.

 
Às 07 maio, 2006 19:41 , Blogger Heloisa B.P disse...

PETER*,
Deixo meu Abraco*! e, VOTOS de que nao necessite de "MEDICAMENTOS"!...Nem de Hospitais e similares! eu, habito no tao "decantado" Reino Unido...e,so' desejo, nao precisar "de por os pes nos hospitais e que tais..."_VOU AMANHA A UM, para o qual, aguardo consulta ha' MESES!!!!!
.........................MEU AMIGO*,SAUDE DA MELHOR, sao meus SINCEROS E AMIGOS VOTOS!_concluo, que esteja completamente refeito, daquela QUEDA, de tempos atras!
ROSAS E SOL!!!!!!
_aqui ha' CHUVA_!
ABRACO! OUTRO PARA A *BLUEGIFT*!!!!!!
ATE' SEMPRE!
Heloisa.
***********

 
Às 08 maio, 2006 10:49 , Blogger Ant disse...

Comentar este post é mais difícil que parece. Esta é uma problemática que envolve não só o consumo final mas implica uma discução sobre a educação inicial. Sim aquela que nos vai apresentando referências. É que neste caso específico dos medicamentos, com eles tratam-se os sintomas e não as causas. E há tantas formas de tratar as causas.
Abraço Peter e vamos lá a ver se o pc se comporta.

 

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