As pequenas gavetas do amor
Se for preciso, irei buscar um sol
para falar de nós:
ao ponto mais longínquo
do verso mais remoto que te fiz
Devagar, meu amor, se for preciso,
cobrirei este chão
de estrelas mais brilhantes
que a mais constelação,
para que as mãos depois sejam tão
brandas
como as desta tarde
Na memória mais funda guardarei
em pequenas gavetas
palavras e olhares, se for preciso:
tão minúsculos centros
de cheiros e sabores
Só não trarei o resto
da ternura em resto desta tarde,
que nem nos foi preciso:
no fundo do amor, tenho-a comigo:
quando a quiseres -
(Ana Luísa Amaral, IMAGIAS")
5 Comentários:
'Meticulosamente, tento decorar o teu rosto com carícias. Quero que fique marcado nas minhas mãos, para depois espalhar tinta sobre elas e pintar pelas paredes da cidade {o teu rosto cravado nas mãos}
Lá fora anoiteceu, o mar está deliciosamente belo, revolto. Chove. '
Lúcia Pereira
Lembrei-me
Lindo este poema de Ana. Uma poetisa soberba.
Boa noite,
Lúcia
Peter, sabia que os comments do seu outro blog estão inacessíveis?
Um bom domingo.
***maat
"maat", não compreendo, pois tem lá comments. Vou ver o que se passa.
Obrigado pela informação.
"maat", desculpe mas está tudo OK.
Bom Domingo, está um lindo dia.
Lindo, Peter.
Gostei muito. Também tenho novos posts no meu blog - vai lá ver!
Bom domingo. O dia está a estragar-se por estas bandas.
Um xi
Marta
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