Movimento perpétuo
Do corpo esguio e esbelto, a suave lembrança do toque.
No regressar de Cleópatra o abandono dos medos. A presença, presença sublinhada no toque das mãos e no entrelaçar de dedos – mãos belas, esguias – no olhar a imensidão de olhos que adquirem todas as tonalidades onde o perder e encontrar deixam de ser paradoxos para serem complementaridades.
A Paz transbordante feita silêncio e olhares cúmplices as mãos que se percorrem lentamente gozando cada segundo eternizado em repetições de momentos perpétuos e acetinados de peles macias, mas ainda e sempre a presença agora ainda mais presença com a ausência.
O fustigar do vento contra as vidraças arrastando chuvas intempestivas quais furacões de sentimentos impossíveis de conter por serem maiores que a dimensão de um corpo.
Entender-te-me!
[A surpresa de te saber em paz] e a segurança do constatar que todos os destinos se cumprem resumindo a felicidade a um primeiro encontro onde todas as incertezas são desfeitas antevendo o registo intemporal da alma que se sabe gémea de rosto Egípcio, Cleopátrico, Esfíngico e belo.
Da profundidade do Tempo eis-te regressada, Rainha de todas as Rainhas.
[Ainda e sempre o sentir o calor emanado pelas mãos que se deixaram tocar numa entrega absoluta sublimando os sentires até se tornarem espiritualidade], a noite fria chuvosa cortada pelo uivar de um vento adverso impotente para travar a saída e o acompanhar. O café bebido a dois no silêncio de uma noite que se sabe mágica e que perdurará para além da eternidade e que fará de todas as noites e dias sucessões de momentos mágicos, guardados no baú imenso das memórias.
Ainda o fustigar do vento transportando pedaços de ambos ao encontro do outro.
Nesse encontro, o beijo que inevitavelmente acontecerá.
Agora:
A paz que desceu sobre ambos e a certeza de uma noite de sonhos rostos e olhares/mergulhos perdições e encontros. O verdadeiro encontro.
[O exotismo do aroma desse corpo de mulher/menina/Rainha perdura para além do sonho. Sabemo-nos de ambos]
7 Comentários:
Foi muito agradavel ler este "Movimento perpétuo". Bem escrito, gostei. Beijinhos.
Para matar saudades. Beijo grande
belo....
bjs
E é tão bom quando se alcança a paz desejada...
Beijo e bom fim de semana
Estava a ver que este maravilhoso texto do Zé, ficava sem comentários ...
bluegift e o zezinho é como o vinho do Porto ...
O movimento perpétuo que nos guia ao verdadeiro encontro.
Ler-te é caminhar.
Um beijo.
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