tag:blogger.com,1999:blog-13567264.post112590518617775173..comments2023-11-12T15:08:11.097+00:00Comments on conversas de xaxa: O Último PontíficePeterhttp://www.blogger.com/profile/09503865933202192403noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-13567264.post-1126103698273352132005-09-07T15:34:00.000+01:002005-09-07T15:34:00.000+01:00zezinho, excelente artigo. Qd regressar irei fazer...zezinho, excelente artigo. Qd regressar irei fazer download do comentário.<BR/>E queria eu "ensinar o Padre Nosso ao vigário" ... ando sempre atrasado. Na Galp, os italianos da ENI podem oferecer melhor refinação e daí Sines poder ser dispensável. Mas a rede de distribuição da Galp é fundamental para os italianos. Quanto a Jorge Coelho é possível que esteja com graves problemas de saúde. Basta ver as imagens na TV.<BR/>Abraço.Peterhttps://www.blogger.com/profile/11183686706487461666noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13567264.post-1126020015596790102005-09-06T16:20:00.000+01:002005-09-06T16:20:00.000+01:00Temo que não seja um "furo" jornalistico. Este gru...Temo que não seja um "furo" jornalistico. Este grupo está identificado há muito...<BR/><BR/>Aí vai alguma coisa..<BR/><BR/><BR/>A elite que subiu ao poder com António Guterres está de volta. Desde o ministro das Finanças, à Galp ou à Caixa, da escolha de Mário Soares para candidato a Presidente da República do PS aos negócios da comunicação social ou à divisão nas autarquias locais, por todo o lado se sente o peso deste grupo de personalidades, que começou por ganhar experiência de governo na Ásia e que o País conhece por "grupo de Macau". Segundo eles, António Guterres não caiu por sua causa, mas por causa dos transformistas ex-comunistas e por algum excesso de confiança de todos. Agora, depois de algumas tentativas de autonomia, o primeiro-ministro José Sócrates está cercado e o "grupo de Macau" não vai permitir que o PS volte a perder o poder. Jorge Coelho e António Vitorino são os novos Condestáveis do Reino.<BR/><BR/>Não foi o Governo de António Guterres que renovou a licença dos casinos por mais vinte anos. Foi o Governo de Durão Barroso. Não foi o Governo socialista que deu o novo casino de Lisboa à Estoril-Sol. Foi o Governo do PSD, por inspiração de Santana Lopes. E, contudo, só agora, com José Sócrates, está de volta o "grupo de Macau".<BR/>São ideologicamente conservadores. Longe deles a comum inveja nacional. Têm horizontes que as vistas do Pacífico e do Índico lhes deram. Criaram laços de amizade, profissionais e de interesse, mas sobretudo regras de lealdade, que faz deles um grupo homogéneo e transversal na sociedade portuguesa.<BR/><BR/><BR/>A Fundação do Oriente<BR/><BR/>Os últimos vinte anos da administração portuguesa de Macau produziram um conjunto de homens, que passaram a ter um entendimento diverso do interesse nacional. Rapidamente se aperceberam que não era mais possível reviver o sonho do Império Marítimo, que antes pouco durara e que sobretudo apenas servia para afastar os portugueses da realidade. Mas, sobretudo, perceberam que Portugal poderia continuar a servir de plataforma de ligação entre a Europa e a China e que, de algum modo, mais que a cultura (Freitas do Amaral poderá mesmo encerrar o Instituto Camões em Macau), aos portugueses interessava manter as ligações económicas com a China.<BR/>Pouco ficou da Fundação de Macau, nascida das últimas contrapartidas do jogo em Macau. Para a história ficará a investigação que tentou valorizar o papel dos portugueses na institucionalização do "tratado internacional" como peça essencial de direito e base do relacionamento de Portugal com os locais, substituindo, a seu tempo, a superioridade da nossa artilharia. Ficará ainda o acervo museológico, de que apenas se conhecem contornos, aliás, não muito valiosos, da Casa de Macau.<BR/>E o resto? - O resto é, sobretudo, uma geração de políticos e empresários que souberam atrair dinheiro do antigo território sobre administração portuguesa para o jogo em Portugal, através de Stanley Ho, e que, depois, antes de Rocha Vieira, se aproximou do poder e se tornou na elite política do Partido Socialista.<BR/>Desde o início, Macau constituiu, mais que uma fonte de recursos, que também houve e muito serviu para financiar a democracia em Portugal, um centro de formação dos políticos e dos altos funcionários do Estado que haveriam de ocupar os lugares deixados vagos na Administração pela voracidade da vida política nacional.<BR/>Sem compromissos do tempo da revolução, apesar de muitos deles virem da esquerda anticomunista, este conjunto de homens e mulheres aprenderam o governo do Estado, nos anos oitenta e noventa, em Macau e constituem hoje o núcleo central dos homens mais bem preparados para a política e governo do Estado, por parte do Partido Socialista.<BR/><BR/><BR/>Macau deu a experiência da governação<BR/><BR/>Foi Mário Soares o primeiro a perceber as virtualidade do grupo de Macau e dos jovens que os sucessivos governadores que para lá foram iam formando. Depois da Revolução do 25 de Abril, a elite do Estado e empresarial foi decapitada, ou teve que emigrar para o Brasil. E foram sobretudo os funcionários das antigas colónias, os retornados, que acabaram por assegurar a continuidade do Estado e muito do pessoal político que dominaria os Governos provisórios e os Governos constitucionais. A presença dos angolanos nos governos da República está para ser estudada, assim como todo o núcleo de Moçambique reunido à volta de Almeida Santos e Manuel Bulhosa.<BR/>Com a pacificação do regime, o regresso da antiga elite política não teve qualquer impacto no sistema, ao contrário do que aconteceu na área empresarial.<BR/>Da diáspora portuguesa não há qualquer memória neste regime. À excepção do gestor Ferreira de Oliveira, vindo da Venezuela, não existem eminentes quadros, ou não se conhecem protagonistas políticos ou empresariais, com expressão significativa vindos da emigração.<BR/>Apenas Macau, na década de noventa, conseguiu produzir um conjunto de políticos e gestores que conseguiram entrar em Portugal e ocupar os quadros superiores da administração pública e do Governo, entretanto vagos pela voracidade da política portuguesa. Foi a última regeneração geracional nos socialistas. <BR/><BR/><BR/>De Carlos Monjardino a Jorge Coelho<BR/><BR/>Se a história começa com Mário Soares e Carlos Monjardino, é, sobretudo, António Guterres que se apoia na experiência e preparação dos homens de Macau para construir o seu poder na sociedade e no partido. Com ele chega ao Governo a nova geração dos homens que ganharam experiência do Estado, servindo o governo de Portugal em Macau. António Vitorino e Jorge Coelho são os mais qualificados representantes do grupo dos administradores e governantes portugueses de Macau, conhecedores do Estado e da manobra política por excelência, com a experiência de terem vivido a política no seu estado mais puro: no Oriente, onde a vida tem pouco valor e o dinheiro é a referência.<BR/>Nos anos noventa, quando a Europa, e até os EUA, se preocupavam com os direitos humanos, com a qualidade de vida e com a saúde, educação e emprego, num registo da "new e-generation", a Ásia, antes do colapso das suas economias em 1998-2001, experimentou a força do capitalismo e do lucro como incentivo ao crescimento económico e sobretudo como base da dignidade humana. É com o capitalismo, no seu extremo maior de proclamação do sucesso empresarial como regra e do lucro como lei que a Ásia descobre o seu lugar do mundo (ainda que, depois, pague o preço da sua falta de sustentabilidade e do excessivo endividamento).<BR/>É este mundo que forma homens rudes e fortes, mas, sobretudo, que têm da política a ideia do Poder - que os seduz e que querem ter e manter a qualquer preço - e que acreditam que não há nada para além do ganhar ou perder.<BR/>O niilismo capitalista transforma-se assim na lei da política nos valores de uma sociedade em crise, que há muito deixou de acreditar na Igreja, nas Forças Armadas e sobretudo no Estado e na Universidade.<BR/><BR/><BR/>Os modelos asiáticos no governo de Portugal<BR/><BR/>Com quase vinte anos de atraso chegam ao poder os modelos da Ásia, por homens que não perceberam que, apesar de tudo, o exercício da política aqui implica outras regras e novas lealdades. É aqui que o mundo desaba, quando subitamente vêem partir Vitorino para Bruxelas, logo no início e seis anos depois, vêem também exausto Guterres abandonar o barco.<BR/>Os homens de Macau tinham visto o poder a ser infiltrado por transformistas ex-comunistas e não perceberam que essa aliança era espúria e só conduziria ao colapso do PS. Mais ainda, esses, ao contrário dos católicos do PS, que logo viram as virtualidades da ligação Católico/Macau, tentaram ser o poder alternativo ao grupo de Macau e facturar por conta do Estado.<BR/>Guterres não aguentou, foi-se embora com o pretexto das autárquicas, cedendo o poder à direita. Agora de novo no poder, os socialistas não querem cometer os mesmos erros. Não vão dividir o poder do Estado, nem mesmo dentro das famílias socialistas. <BR/>António Vitorino e Jorge Coelho não quiseram avançar. O poder está por detrás dos espelhos. Escolheram José Socrates. Este ganhou a maioria a Santana Lopes e, percebendo o envolvimento, quis apoiar-se em independentes para contrabalançar o poder das famílias socialistas. Sócrates negociou o seu poder e, por isso, sabia bem qual o preço da independência e da autonomia. Sócrates basicamente é amigo de Guterres. É um homem que vem do Aparelho. A melhor produção do antigo primeiro-ministro, que, ainda hoje, apesar de ser Alto Comissário para os Refugiados, mantém uma influência decisiva na governação de Portugal.<BR/><BR/><BR/>A influência decisiva de Guterres<BR/><BR/>Foi Guterres quem aconselhou Sócrates a tentar a independência: neutralizando o poder do grupo de Macau com um peso decisivo dado aos ex-comunistas - que passaram a controlar a importante pasta das Obras Públicas, Transportes e Comunicações - como Mário Lino, como ministro. Estrategicamente deixou o grupo de Macau de fora, no partido, colocando-o a jeito para sair derrotado nas autárquicas e desse modo diminuir-lhe a influência. Ainda por cima é um grupo de indiscutível qualidade política e com a melhor preparação técnica que o PS dispõe. O que os torna incontornáveis sempre, e portanto ainda mais ameaçam o poder do primeiro-ministro.<BR/>A solução final seria rodear o primeiro-ministro de independentes que fizessem uma barreira entre o PS as famílias socialistas e o primeiro-ministro. António Guterres é decisivo na aproximação de Freitas do Amaral a José Sócrates. A ida de Campos e Cunha e depois de um homem dos Estados Gerais, como Manuel Pinho, para pastas importantes no Governo é no fundo a tentativa de fuga para a frente do primeiro-ministro.<BR/>Sócrates acaba por ser cercado, apesar do apoio leal de Luís Patrão, o experiente ex-chefe de gabinete de António Guterres que, agora, praticamente dirige a agenda do Conselho de Ministros, fazendo a ponte entre o País, o partido, o Governo e o primeiro-ministro.<BR/><BR/><BR/>Grupo de Macau deita abaixo Campos e Cunha<BR/><BR/>Ao conseguirem mandar abaixo o ministro das Finanças, seguramente por erros próprios, e alguma imprudência de S. Bento, Sócrates acabou por ficar cercado pelo aparelho socialista, dando a sensação que, desta vez, Jorge Coelho não vai deixar perder de novo o poder, como quando aconteceu com Guterres, com o qual, aliás, Coelho mantém as melhores relações.<BR/>O próximo alvo seria Freitas do Amaral, mas este já saiu de mira e vai dedicar-se ao MNE. A cooperação com os PALOP pode ser a nova preocupação estratégica de Freitas do Amaral.<BR/>Enterrada a questão das presidenciais, Coelho acabou por impor o seu candidato - Mário Soares -, obrigando o primeiro-ministro a recuar na estratégia de promoção de Freitas do Amaral, o independente que não faria concorrência ao primeiro-ministro à esquerda, se chegasse a Belém.<BR/>Antes de ir para férias, "matar" elefantes para a terra dos Massai, o primeiro-ministro acabou por ter que dar espaço para a candidatura de Mário Soares poder avançar contra Cavaco Silva.<BR/>Claramente na condução dos acontecimentos e com a expectativa de poder voltar a influenciar a partir de Belém, o grupo de Macau não tem qualquer dúvida do que é o poder e está a dar mostras de o querer exercer. Murteira Nabo foi para a Galp, onde os italianos da ENI querem controlar, exercendo o direito de comprarem a maioria do capital. Na TAP mantiveram o gestor brasileiro, que tem conseguido aguentar a empresa e sobretudo os trabalhadores sem greves nem contestação. Para a Caixa Geral de Depósitos foi Santos Ferreira que também esteve no Aeroporto de Macau e que era vice na Estoril-Sol. <BR/>Na comunicação social, um sector que Jorge Coelho gosta e que, sobretudo, conhece bem, o PS avançou através dos espanhóis da Prisa para a TVI, e o grupo de Macau fez constar que Jorge Coelho foi decisivo para o desfecho positivo do negócio da Lusomundo.|Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13567264.post-1126003098320450782005-09-06T11:38:00.000+01:002005-09-06T11:38:00.000+01:00Zé averigua para responderes à minha pergunta. Se ...Zé averigua para responderes à minha pergunta. Se conseguires descobrir a resposta, obterás um "furo" jornalístico.<BR/>Julgas que a candidatura de Soares é para vencer o Cavaco? Se calhar ao Governo (não falo em PS) até convinha o Cavaco como PR...<BR/>Se calhar o Cavaco até não avança, pois sabe mt bem que vai perder e se avançar é só para "não perder a face" (como dizem os chineses ...).Peterhttps://www.blogger.com/profile/11183686706487461666noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13567264.post-1125962606866838952005-09-06T00:23:00.000+01:002005-09-06T00:23:00.000+01:00"Peter" andas a gastar o dinheiro todo do saco azu..."Peter" andas a gastar o dinheiro todo do saco azul?<BR/>RAG!!!!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-13567264.post-1125953163445666902005-09-05T21:46:00.000+01:002005-09-05T21:46:00.000+01:00"a vontade de renovação que de quando em vez dá si..."a vontade de renovação que de quando em vez dá sinais de aparecer dentro do Partido é sumariamente aniquilada pela dialéctica obsoleta e ultrapassada." Este é o problema do PCP.<BR/>Aliás e generalizando, não há ninguém de valor, gerado nestes 30 anos, capaz de governar este país?<BR/>Continuamos a ver oportunistas a concorrer às autárquicas de que ninguém fala?<BR/>O que interessa são as presidenciais. Foi preciso ir buscar pessoas que já deram o seu contributo ao país? Não há lugar para renovação? Eu já nem falo em "novos", falo em "renovação".<BR/>A propósito: há para aí alguém que me saiba explicar o que é o chamado "Grupo de Macau"?<BR/>Peço desculpa da minha ausência. É difícil encontrar um PC disponível.<BR/>Lisboa? Só lá para o dia 14 ou 15. A praia é um espectáculo ...Peterhttps://www.blogger.com/profile/11183686706487461666noreply@blogger.com