sábado, dezembro 28

Sporting

Desde que tomámos posse, esta Direcção tomou várias medidas para permitir perante a conjuntura económica difícil que vivemos, que mais adeptos se tornassem sócios e que mais sócios viessem aos estádios e pavilhões nos quais compete o Sporting Clube de Portugal. Foram criados novos escalões de quotas para permitir que todos se possam tornar associados e com regalias. Como resultado tivemos apenas um acréscimo de cerca de 6000 novos sócios o que é manifestamente pouco para a grandeza do nosso Sporting Clube de Portugal. Sendo um Clube que privilegia o seu ecletismo e tendo a construção de um pavilhão próprio como objetivo, foi uma vez mais colocada à venda a Gamebox Modalidades, tendo apenas sido vendidas cerca de 200, o que é muito pouco para quem defende a manutenção de 35 modalidades e a construção de um pavilhão nosso. Faltando ainda vender cerca de 2000 Gamebox na presente época, estamos irremediavelmente afastados do objetivo de receita definido e necessário, colocando em perigo a reestruturação efetuada com os possíveis efeitos negativos que daqui podem advir e para os quais todos fomos alertados. Desde a 5.ª jornada da I Liga de futebol desta temporada, foram criadas pela primeira vez no Estádio José Alvalade, os "Bilhetes Família" e os "Bilhetes Anti-Crise". Desde esse momento, para os associados passou, por exemplo, a ser possível assistir aos jogos (exceto nos jogos de risco elevado) por 5 euros. Saliente-se que no caso dos "Bilhetes Anti-Crise" estão disponíveis em cada jogo, cerca de 1000 lugares, quando em média, a compra deste tipo de bilhetes, é de apenas 150, o que é realmente incompreensível, ainda para mais quando existem manifestações sobre o preço dos bilhetes. Para o último jogo em Alvalade existiu uma campanha com preço único para todas as bancadas, de 7 euros para os associados do Sporting. Apesar disto, apenas tivemos cerca de 38000 sportinguistas presentes, sendo que sem contabilizarmos as entradas com Gamebox, apenas 3.233 sócios compraram bilhetes para este jogo. Também o Jornal Sporting mudou e melhorou. Mais moderno, mais informativo, mais interventivo, sempre com o objetivo de defender os interesses da verdade e do nosso Clube. Apesar disto, apenas se registaram algumas dezenas de novos assinantes, o que também é manifestamente pouco para se poder garantir a sua continuidade e melhoria. A Direcção e todos os profissionais ao serviço do Clube têm dado o seu melhor para a criação de uma nova mentalidade de vitória e de sucesso, com muito empenho, dedicação, rigor e competência, sendo essencial que os sportinguistas marquem a sua presença neste novo projeto para o Sporting Clube de Portugal, associando-se ao mesmo. Agora que estamos prestes a iniciar um novo ano e tendo esta Direcção criado opções que permitem a todos, fazerem parte ativa deste Clube, está na altura dos 3 milhões de sportinguistas dizerem presente, mostrarem toda a sua força e união, e tornarem este projeto sustentado, forte, com capacidade de ser desenvolvido e assim, juntos, conseguirmos colocar o Sporting Clube de Portugal no lugar que merece. Apenas juntos conseguiremos, e está na altura de todos comprarem a Gamebox para o futebol e para as modalidades, tornarem-se sócios, assinarem o Jornal Sporting e demonstrarem de forma convicta, porque somos realmente o melhor Clube do Mundo.

Está nas vossas mãos, pois: O Sporting é Nosso!

Bruno de Carvalho

Presidente do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal

domingo, dezembro 22

Natal de quem?


Natal de Quem?

 Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.

- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!

- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...

Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:


- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?

 

Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.

Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!

Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:


- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?

 

Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.

E Cristo Menino
A fazer beicinho:


- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?

O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.

A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:


- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!

 

Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!

 

Auto de Natal de

João Coelho dos Santos

quarta-feira, dezembro 18

Coro de Natal


Coro de Natal

 

Quem nos garante que estamos vivos

que sequer somos o que fingimos

se atravessamos ruas e praças

sempre com 'spadas entre as espáduas

e com serpentes em torno aos braços

e com cilícios em vez de cílios

e com os sonhos desarrumados

pelos sorrisos e os compromissos

desta comédia de celebrar-te

assegurando que não existes

Quem nos garante que estamos vivos

Ou não seremos somente o lixo

da grande roda que nos esmaga

da grande garra que nos agarra

do grande grito que nem gritado

por todos juntos será ouvido

Quem nos garante se neste espaço

que nos separa só o sigilo

preenche as pausas a grande pausa

de recearmos que tu existas

Quem nos garante que estamos vivos

se atravessando ruas e rios

portas e portos pontes e praças

só deparamos com os esgares

que já tiveram as nossas faces

à mesma hora nos mesmos sítios

Quem nos garante que sob as lajes

de outras cidades de outros jazigos

neste momento ressuscitados

não afirmamos que Tu existes

 

Poema de David Mourão Ferreira in "Obra Poética – 1948/1988",

a págs. 232 e 233

segunda-feira, dezembro 16

Sócrates


Sócrates "Chumbo do Constitucional põe em causa continuidade do Governo"

O antigo primeiro-ministro socialista, José Sócrates, considera que se o Tribunal Constitucional chumbar o diploma que prevê convergência de pensões entre a Caixa Geral de Aposentações e o regime geral da Segurança Social, “a continuidade do próprio Executivo” ficará “em causa”. O Palácio Ratton, refira-se, terá de se pronunciar sobre esta norma ainda esta semana. Caso o coletivo de juízes do Tribunal Constitucional venha a chumbar o já ‘famoso’ diploma da convergência de pensões, a permanência do Governo em funções ficará em causa. Caso o coletivo de juízes do Tribunal Constitucional venha a chumbar o já ‘famoso’ diploma da convergência de pensões, a permanência do Governo em funções ficará em causa.
Mas o que é que este político anda a fazer na RTP1 paga por mim e pelos outros contribuintes? Quem o meteu lá? Possivelmente os amigos da “linha dura do PS. “ Só anda a prejudicar o Partido. Se calhar é isso mesmo que ele quer.

sábado, dezembro 7

Frases de MANDELA

Algumas das frases que marcaram a vida de um homem que mexeu com o mundo. Nelson Mandela, líder histórico da África do Sul e o primeiro presidente negro do país, morreu esta quinta-feira, aos 95 anos, depois de meses adoentado.


"Não vou deixar a África do Sul nem me vou render. Só através do sacrifício e da acção militante pode a liberdade vencer. A luta é a minha vida. Vou continuar a lutar pela liberdade até ao fim dos meus dias."

"Acarinhei o ideal da democracia e da sociedade livre em que todas as pessoas vivam juntas em harmonia e igualdade de oportunidades. É um ideal que espero viver e que quero ver realizado. É um ideal para o qual estou preparar para morrer."

"O tempo para a cura de todas as feridas chegou. É o momento de ultrapassar a ponte que nos dividia."

"Ninguém nasce odiando outra pessoa devido à cor da pele ou o seu passado ou a sua religião. As pessoas que aprenderam a odiar-se podem depois aprender a amar, porque o amor vem mais naturalmente ao coração que o seu oposto."

"Nunca, nunca, nunca mais deverá esta terra fantástica voltar a sofrer a opressão de um homem sobre outro."

"Nunca considerei nenhum homem superior a mim, dentro ou fora da prisão."

"Aprendi que o valor não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele."

"Um homem valente não é aquele que não sente medo, mas o que se sobrepõe a ele."

"A grandeza da vida não consiste em não cair nunca, mas em levantarmo-nos de cada vez que caímos."

"Tudo parece sempre impossível até que seja feito."

"Depois de subirmos uma grande montanha, descobrimos que há muito mais montanhas para escalar."

"Como a escravidão e o apartheid, a pobreza não é natural. São as pessoas que fazem a pobreza e toleram a pobreza e têm que ser as pessoas a ultrapassá-la."

"No meu último dia, quero saber que os que ficam para trás vão dizer 'o homem que jaz aqui fez o seu dever pelo seu país e pelo seu povo'."

"Haverá vida depois de Mandela."

 

terça-feira, dezembro 3

Carta aberta


 Meu Caro João,

Ouvi-te brevemente nos noticiários da TSF no fim-de-semana e não acreditei no que estava a ouvir.
Confesso que pensei que fossem “excertos”, fora de contexto, de alguém a tentar destruir o (pouco) prestígio de Economista (que ainda te resta).
Mas depois tive a enorme surpresa: fui ler, no Diário de Notícias a tua entrevista (ou deverei dizer: o arrazoado de DISPARATES que resolveste vomitar para os microfones de quem teve a suprema paciência de te ouvir). E, afinal, disseste mesmo aquilo que disseste, CONVICTO e em contexto.
Tu não fazes a menor ideia do que é a vida fora da redoma protegida em que vives:
- Não sabes o que é ser pobre;
- Não sabes o que é ter fome;
- Não sabes o que é ter a certeza de não ter um futuro.
Pior que isso, João, não sabes, NEM QUERES SABER!
Limitas-te a vomitar ódio sobre TODOS aqueles que não pertencem ao teu meio. Sobes aquele teu tom de voz nasalado (aqui para nós que ninguém nos ouve: um bocado amaricado) para despejares a tua IGNORÂNCIA arvorada em ciência.
Que de Economia NADA sabes, isso já tinha sido provado ao longo dos MUITOS anos em que foste assessor do teu amigo Aníbal e o ajudaste a tomar as BRILHANTES decisões de DESTRUÍR o Aparelho Produtivo Nacional (Indústria, Agricultura e Pescas).
És tu (com ele) um dos PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS de sermos um País SEM FUTURO.
De Economia NADA sabes e, pelos vistos, da VIDA REAL, sabes ainda MENOS!
João, disseste coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “A MAIOR PARTE dos Pensionistas estão a fingir que são Pobres!”
Estarás tu bom da cabeça, João?
Mais de 85% das Pensões pagas em Portugal são INFERIORES a 500 Euros por mês (bem sei que que algumas delas são cumulativas – pessoas que recebem mais que uma “pensão” - , mas também sei que, mesmo assim, 65% dos Pensionistas recebe MENOS de 500 Euros por mês).
Pior, João, TU TAMBÉM sabes. E, mesmo assim, tens a LATA de dizer que a MAIORIA está a FINGIR que é Pobre?
Estarás tu bom da cabeça, João?
João, disseste mais coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “Subir o salário mínimo é ESTRAGAR a vida aos Pobres!”
Estarás tu bom da cabeça, João?
Na tua opinião, “obrigar os empregadores a pagar um salário maior” (as palavras são exatamente as tuas) estraga a vida aos desempregados não qualificados. O teu raciocínio: se o empregador tiver de pagar 500 euros por mês em vez de 485, prefere contratar um Licenciado (quiçá um Mestre ou um Doutor) do que um iletrado. Isto é um ABSURDO tão grande que nem é possível comentar!
Estarás tu bom da cabeça, João?
João, disseste outras coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “Ainda não se pediram sacrifícios aos Portugueses!”
Estarás tu bom da cabeça, João?
Ainda não se pediram sacrifícios?!?
Em que País vives tu, João?
Um milhão de desempregados;
Mais de 10 mil a partirem TODOS os meses para o Estrangeiro;
Empresas a falirem TODOS os dias;
Casas entregues aos Bancos TODOS os dias;
Famílias a racionarem a comida, os cuidados de saúde, as despesas escolares e, mesmo assim, a ACUMULAREM dívidas a TODA a espécie de Fornecedores.
Em que País vives tu, João?
Estarás tu bom da cabeça, João?
Mas, João, a meio da famosa entrevista, deixaste cair a máscara: “Vamos ter de REDUZIR Salários!”
Pronto! Assim dá para perceber. Foi só para isso que lá foste despejar os DISPARATES todos que despejaste.
Tinhas de TRANSMITIR O RECADO daqueles que TE PAGAM: “há que reduzir os salários!”.
Afinal estás bom da cabeça, João.
Disseste TUDO aquilo perfeitamente pensado. Cumpriste aquilo para que te pagam os teus amigos da Opus Dei (a que pertences), dos Bancos (que assessoras), das Grandes Corporações (que te pagam Consultorias).
Foste lá para transmitir o recado: “há que reduzir salários!”.
Assim já se percebe a figura de mentecapto a que te prestaste.
E, assim, já mereces uma resposta:

- Vai à M…, João!

Um Abraço,
Carlos Paz

 

 

segunda-feira, dezembro 2

Militares queixam-se contra o novo Hospital das Forças Armadas

Multiplicam-se as queixas dos utentes contra o novo Hospital das Forças Armadas, que reuniu unidades

dos três ramos e custou 16 milhões de euros. Uma fusão que parece ter um baixo rendimento.

As dificuldades na marcação de consultas estão a levar muitos militares a desistir e a optarem por hospitais privados com protocolos. “Eu contacto com muitos militares e vejo a insatisfação deles, muitos já desistiram e como existem acordos protocolares com outros hospitais, preferem ir a outros”, garante o Capitão de Mar e Guerra Henrique Mendonça, em declarações à Renascença.

As queixas chegam dos utentes dos três ramos das Forças Armadas, mas também do corpo clínico, garante o presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho. A infra-estrutura foi anunciada pelo Governo em Novembro de 2011 e pretendia centralizar num único local os recursos hospitalares dos três ramos das Forças Armadas. O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, sublinhou várias vezes que este é um exemplo de poupança de recursos, mas a experiência, segundo os utentes, não está a correr bem.