quinta-feira, dezembro 27

D.januario pede novas políticas para vencer a crise


O Bispo das Forças Armadas pede, na sua mensagem de Natal, mais justiça e respeito pelo próximo e mais inconformismo diante da situação dramática em que vivem muitos portugueses. D. Januário Torgal Ferreira deixou palavras de esperança este tempo de crise e críticas a quem quer enganar o povo.
“Só é possível nós vermos a luz ao fundo do túnel se os direitos dos cidadãos portugueses, como o salário, condições de saúde, habitação, novas teorias e estratégias do ponto de vista de emprego, tantas vezes se falou em ir para o mar, quem é que vai para o mar? Vai a Marinha portuguesa e meia dúzia de pescadores que nem recursos têm. Onde é que nós temos ido para mar? Onde está a industrialização portuguesa? Onde estão novas políticas de trabalho, como fala o Papa?”, questiona.

“A propaganda diz que vamos ganhar, [mas] acabamos de ouvir que o nosso défice acaba de ter mais um rombo, porque é que não somos humildes, porque é que se tenta enganar um povo que, felizmente, é muito mais inteligente do que a gente que o quer ludibriar”, afirma D. Januário Torgal Ferreira.
Nesta mensagem de Natal, o prelado deixa bem claro que é preciso que as hierarquias saibam ouvir as queixas dos militares e procurem respostas adequadas. “Há gente nas Forças Armadas que sofre, como há nas empresas. O maior drama de Portugal é o desemprego, mas o militar que não tem futuro, que não tem promoção, que acha que não é respeitado pelo poder, que acha que há interesses e que não há amor pelas pessoas, ao menos ouçam-nos e não venham dizer: ‘quem não está bem que se mude’, que foi uma frase infernal que foi dita”, lê-se ainda no texto de D. Januário

O Bispo das Forças Armadas destaca, também, alguns apelos da mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz e deixa um lamento: “Temos tão pouca gente que estude a Doutrina Social da Igreja e que traga até ao sistema político português uma injeção de sangue novo, de iniciativas novas, até do ponto de vista temporal, do ponto de vista estratégico”.

quinta-feira, dezembro 20


Estrelas não envelhecem à mesma velocidade

Tal como as pessoas, as estrelas não envelhecem à mesma velocidade, revela um estudo que é publicado hoje na revista científica “Nature”.
Astrónomos descobriram, a partir de observações, que alguns dos enxames globulares são ainda novos, apesar de se terem formado num passado distante, refere o Observatório Europeu do Sul (OES), do qual Portugal é membro.
A descoberta foi feita graças ao telescópio OES de 2,2 metros, do Observatório de La Silla, a 600
quilómetros a norte de Santiago do Chile, e ao telescópio espacial Hubble, da NASA e da Agência Espacial Europeia. Os enxames globulares – coleções esféricas de estrelas, fortemente ligadas entre si, por ação da gravidade - são considerados “relíquias dos primórdios do Universo”, com idades variáveis entre os 12 e os 13 mil milhões de anos.
Segundo o comunicado do OES, existem cerca de 150 enxames globulares na Via Láctea, que contêm muitas das estrelas mais velhas do Universo.