quinta-feira, junho 30

Surprise ...

Um novo livro, que é também um livro novo.

Hoje, ao subir o Chiado, entrei como de costume na Livraria Portugal, visita que antecede sempre as minhas deambulações pela FNAC. Então não é que encontrei o INÉPCIA, escrito por um senhor Renato Carreira, com direito a foto numa das badanas, mas apenas dos olhos?

Quem anda aqui pelo "Conversas", conhece muito bem aquele título, pode é não conhecer aquele senhor. Folheei o livro, li algumas linhas e não tive a menor dúvida:

Renato Carreira=Zé=Letras_ao_Acaso.

Parabéns!

Que as edições se sucedam umas atrás das outras!

De que estais à espera? Bute, comprar o livro do Zé!

Renato Carreira, "INÉPCIA - o livro mais importante desde a Bíblia" - Com Prefácios de Deus (Nosso Senhor) e Cavaco e Silva.

O livro foi editado por COOLBOOKS

quarta-feira, junho 29

Advogados



* Em uma audiência tumultuada, a promotora vira-se para o advogado e fala: "Doutor, o senhor é tão irritante que, se fosse sua mulher, colocaria veneno no seu café".

O advogado, não menos irritado, responde: "Ora, excelência, se eu fosse seu marido, tomaria com prazer tal café..."



* Dois advogados, sócios em um escritório, saem juntos e vão almoçar.
Já no meio da refeição um vira para o outro e reclama "Puxa vida, esquecemos de trancar o escritório" e o outro responde "Não se preocupe, estamos os dois aqui!"



* Dois advogados estão saindo do Forum, quando um vira para o outro e diz:
- E então, vamos tomar alguma coisa?
E o outro prontamente responde:
- Vamos, de quem?



*Já passava da meia-noite quando um promotor de uma pequena cidade americana do Mississipi ligou para a residência do governador, insistindo em falar com ele de todas as maneiras, em uma urgência nunca antes vista. Demorou até que um assistente mais "influenciável" fosse acordar o governador.
- "Que é que há?", rugiu o governador ao pegar o telefone.
- "O juiz Gardner acabou de morrer", disse o promotor, "posso ficar no lugar dele"?
- "Bem" - disse o político - "se o homem da funerária não reclamar, por mim, ok".

Noite de Paixão


Cheguei cansada em busca do alívio dos teus olhos, que sabia esperavam o momento que nos encontraríamos naquele lugar.

O pé pisava o acelerador enquanto a paisagem passava por mim sem que me apercebesse do oiro dos campos, do Sol que teimava em me fustigar olhos que em ansiedade buscavam o fim do caminho.
Um qualquer CD tocava. Não me perguntes o quê. Não saberia responder-te.
O meu pensamento estava em ti. Em nós.
E o olhar saltitava entre a estrada à minha frente e o relógio que, lentamente, muito lentamente, marcava os minutos que se estendiam sem piedade, transformando-se em horas, pela tarde fora.
Apenas sabia que o teu sorriso me aguardava no fim daquela estrada.
E que os teus braços me prenderiam afastando todo o cansaço de um dia dividido entre a azáfama do trabalho e a distância percorrida para regressar a ti.

Agora, enquanto dormes num sono calmo, eu sinto a brisa que entra pela janela fazendo esvoaçar a cortina e coloco numa folha de papel, momentos vividos.
Esperados. Sentidos.
Recordo o encontro de bocas que em uníssono e silenciosamente, falaram de emoções sentidas, na ânsia do anoitecer.
O nosso anoitecer.
No entrelaçar de línguas sequiosas, o sentimento divino-profano de corpos que sabiam já pertencer-se.
E a noite trouxe consigo as palavras sussurradas, expiradas, inspiradas.
Sentidas, soltas e, finalmente, reveladas.
As paixões elevaram-se e como vulcões em erupção derramaram a sua lava em corpos suados, encontrados, envolvidos num único ser.
Mãos que foram deslizando na tua pele, na minha, encontrando-se e desnudando centímetro a centímetro todos os segredos escondidos, revelando mistérios que terminaram em penetrações de almas e de corpos.
Aromas que se fundiram e entrançaram, como pernas, braços, bocas e desejos.

Ficaria aqui deitada olhando-te apenas, esta noite, amanhã e depois.
Absorvendo na memória cada detalhe do teu corpo meio coberto pelo alvo lençol, e do teu braço pousado na minha coxa, numa carícia de cetim.
Acordar-te-ei com lábios que deslizam na pele quente de paixões sentidas.
Entregar-nos-emos de novo. E mais uma vez. E outra.
E com a brisa da madrugada que entra pela janela, os nossos corpos subirão a espiral orgásmica do sentir, sonhar e realizar.
Do ter e do ser.
Reviveremos, então, o que dissemos, renovando cada beijo, saboreando o mel de nossas bocas e corpos, sabendo que este será apenas o início.

Anjo do Sol

AMSTERDÃO


(Foto do Peter)

O DAM, a mais famosa praça holandesa.

Dualidade


[Do tumular silêncio retiro a holografia projectada à distância; entre nebulosas de tons cinza a luz que brilha mostrando epiderme macia e promessas].


A ponta de dedos queimados na infusão do contacto guardando memórias que se libertam sob a forma de chamas elevando-se além horizonte até ao ponto de partida da projecção.

Nesse pequeno ponto que marca a diferença, a realidade de um corpo palpável que após percorrer distâncias tremendas se transforma em algo intocável.
A dualidade real/imaginário a tomar conta de uma noite de insónia.
Ou pesadelo.

O percorrer com olhos objecto de adoração antevendo no vórtice triangular a sagração de todas as emoções. O mergulho entre-pernas, dando e recebendo em entregas plenas de incondicionalidades, o desabrochar dos sentidos perdidos e encontrados em projecções holográficas, razões de todos os sonhos.

Mergulhar na noite mergulhando entre coxas entreabertas, labiares escorrendo desejos sob a forma de salivares. O surgir do alheamento já que todos os sentidos se juntaram apenas na comunhão de corpos, almas e sentires.

[Dedos percorrendo teclado em busca da emoção negada pela ausência] em colossal frenesim na busca infrutífera da palpação.

Nos dedos o fogo imenso da lembrança de pele macia.
No âmago o vazio da não-presença.

Noite longa.

O projectar do desejo em linha recta conduz invariavelmente ao leito que ainda não comungámos.

Ou pesadelo.

Noite longa. A noite mais longa.

O imaginar-te desnudada em leito de menina soçobra no tremendo tesão da posse que irá acontecer.

Ofertar-me-ei.
Ofertar-te-ás.

Simbioses catalíticas.
Agora a descrença.

[Ou os longos cabelos marcados por olhos imensos que inebriam, embriagam. Do desejo falar-se-á amanhã]

Noite longa.





In "Pisar o risco"

Um Universo consciente de si próprio


("maternidade estelar")


A cosmologia moderna redescobriu a antiga aliança entre o homem e o Cosmos. O homem é filho das estrelas, irmão dos animais selvagens, primo das flores do campo; todos nós somos apenas poeiras de estrelas. A astrofísica revela-nos que o aparecimento da vida e da consciência a partir da sopa primordial dependeu de uma regulação extremamente precisa das leis da Natureza e das condições iniciais do Universo. Se a intensidade das forças fundamentais tivesse variado, por pouco que fosse, nós não estaríamos cá para falar delas, as estrelas não se teriam formado, e não poderiam ter exercido a sua maravilhosa alquimia nuclear. Teria sido o adeus aos elementos pesados que constituíram a base da vida!

Mas as leis físicas são especiais de um ponto de vista ainda mais subtil. Não somente permitiram ao homem entrar em cena, como também lhe conferiram o dom de compreender o mundo que o alberga. O facto de o homem não ser cegamente afectado pelas leis da Natureza, sem as compreender, é portador de significado. A nossa capacidade de fazer ciência e decifrar o código cósmico sugere a existência de uma conexão íntima entre o nosso mundo mental e o mundo das formas platónicas. O círculo foi fechado. Penso que isso não aconteceu por acaso.

Acaso ou necessidade? Ambas as alternativas são possíveis:
- ou o homem surgiu num Universo desprovido de sentido, que lhe é completamente indiferente;
- ou a sua vinda foi programada desde o princípio, a fim de que ele desse sentido ao Universo compreendendo-o.

A ciência nunca poderá escolher entre estas duas possibilidades.

Teremos pois de fazer apelo a outros modos de conhecimento, como a intuição mística, ou religiosa, informada e esclarecida pelas descobertas da Ciência e assim postulando a existência de uma Causa Primeira, que regulou simultaneamente as leis físicas e as condições iniciais para que o Universo tomasse consciência de si próprio?

(Trinh Xuan Thuan, “O Caos e a Harmonia. A fabricação do real”, adapt.)

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terça-feira, junho 28

Fim de Semana em Amesterdão

Ora aqui está um pouco do que foi o meu fim de semana em Amesterdão


O holandês tem um verdadeiro fascínio pela bicicleta, de preferência a cair aos bocados, não vá alguém querer roubá-las... Os dois lances e meio de estacionamento que vêem em 2° plano, são um parque de estacionamento ao lado da gare central, totalmente repleto de bicicletas. As viaturas ficam estacionadas em caves...

Os edifícios peculiares, inclinados para a frente, cujas fundações foram reconquistadas ao mar. Nunca pensei vir a gostar de um prédio preto, mas a verdade é que são muito estéticos naquele contexto.


As esplanadas ao longo dos inúmeros canais. Uma verdadeira delícia, sobretudo quando faz sol.

Falta uma fotografia das praias, apesar de tudo agradáveis, que se encontram a dois passos do cidade. Mas isso fica para uma próxima vez.


Cúmulos

DO NERVOSISMO
Roer as unhas das outras pessoas.

DA FORÇA
Dobrar uma esquina.

DA PACIÊNCIA
Catar piolhos com luvas de boxe.

DA VAIDADE
Engolir um baton para pintar a boca do estômago.

CÚMULO DOS CÚMULOS
Receber uma multa por excesso de velocidade, mesmo quando está
estacionado.

CÚMULO DA HABILIDADE
Atar um embrulho com um fio de azeite.



(pacotinhos de açúcar)

Filme em exibição

Dicionário

As palavras mais belas são as que nascem
do teu corpo: cabelos, lábios, ombros, seios,
até o ventre, e o que entre as coxas se esconde.
Escrevo-as devagar, como se lhes tocasse; e
cada uma delas é como um espelho, de onde
se libertam as tuas mãos, os dedos, um joelho,
olhos que beijo num murmúrio de segredos.


E pedes-me significados, símbolos, primeiros
e segundos sentidos. Não te sei dizer senão que
corpo é o teu corpo, centro um secreto umbigo,
pele a mais branca neve no horizonte desta
subida leve. Se me estendes os braços, entro
num abrigo de floresta; se me abres os ramos,
é na mais doce gruta que entramos.


Precipitam-se sinónimos, adjectivos sem
objectivo, pronomes enfáticos e possessivos,
sílabas perdidas na falésia do desejo. Mas
fecho o livro. Estou farto de palavras, é a ti
que eu quero. E faço-as voltar até de onde
nasceram: cabelos, lábios, ombros, seios, até
o ventre, e o que entre as coxas se esconde.


(Nuno Júdice in “O Estado dos Campos”)

segunda-feira, junho 27

A criação da Terra, segundo os Gregos

“Muito, muito antes de os deuses aparecerem, num passado obscuro, há eras incontáveis, existia apenas a disforme confusão do Caos, mergulhado na escuridão de breu. Por fim (o como ainda nunca ninguém conseguiu explicar verdadeiramente) nasceram duas crianças desse nada informe. A noite era filha do Caos, tal como Érebo, a profundidade impenetrável onde a morte habita. Em todo o Universo não existia mais nada, tudo era escuro, vazio, silencioso, infinito.
E depois foi a maravilha das maravilhas. De modo misterioso, vago, desse horroroso vazio ilimitado e inexpressivo surgiu aquilo que de melhor e de mais belo a vida tem. Um grande dramaturgo, o poeta cómico Aristófanes, faz a seguinte descrição, citada frequentemente:

... A noite de asas de breu,
no regaço do profundo e negro Érebo
depôs um ovo trazido pelo vento e, com a sucessão das
[estações,
brotou o Amor, o desejado, cintilante, com asas de oiro

Da escuridão e da morte nasceu o Amor, e com ele a ordem e a beleza, que começaram a abolir a confusão cega. O Amor deu origem à Luz e ao seu companheiro, o Dia radioso.

Seguiu-se então, a criação da Terra, mas esse fenómeno também nunca ninguém conseguiu explicar. Aconteceu muito pura e simplesmente. É tudo. Com o aparecimento do Amor e da Luz, era natural que a Terra também surgisse. O poeta Hesíodo, o primeiro grego que tentou interpretar as origens, escreveu:

A Terra, a bela, ergueu-se,
de regaço vasto, ela que é a firme base
de todas as coisas. E da bela Terra brotou
o Céu estrelado, igual a si mesmo,
para a cobrir totalmente e para ser
a morada eterna dos bem-aventurados deuses.”


(Edith Hamilton, “A Mitologia” )

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Vejam os últimos 2 links acrescentados: Myers e Sutra. Vale a pena ...

Algumas Reflexões Sobre a Mulher

Elas são as mães:
rompem do inferno, furam a treva,
arrastando
os seus mantos na poeira das estrelas.

Animais sonâmbulos,
dormem nos rios, na raiz do pão.

Na vulva sombria
é onde fazem o lume:
ali têm casa.
Em segredo, escondem
o latir lancinante dos seus cães.

Nos olhos, o relâmpago
negro do frio.

Longamente bebem
o silencio
nas próprias mãos.

O olhar
desafia as aves:
o seu voo é mais fundo.

Sobre si se debruçam
a escutar
os passos do crepúsculo.

Despem-se ao espelho
para entrarem
nas águas da sombra.

É quando dançam que todos os caminhos
levam ao mar.

São elas que fabricam o mel,
o aroma do luar,
o branco da rosa.

Quando o galo canta
Desprendem-se
para serem orvalho.

(Eugénio de Andrade)

NUREMBERG (ALEMANHA)


(Foto do Peter)

Pormenores da rica decoração da "Bela Fonte".

Almoços/jantares de Curso

A partir de uma certa idade, os velhotes/as de um dado Curso, ou os que para lá caminham, resolvem organizar um almoço de confraternização.
Os mais novos optam pelo jantar, porque sempre dá para depois irem até à discoteca e, por vezes, acordarem numa cama que não é a deles/as.

É um gozo. Farto-me de rir interiormente:
- Os que casaram, ou vivem com senhoras mais apetecíveis, fazem gosto em poder levá-las para as exibirem.
- Há até os que chegam a alugar carros topo de gama, para mostrarem como triunfaram na vida. Uma vez um deles teve azar, pois, passado semanas, encontrei-o a conduzir um "chasso". Disse-me que um "imbecil" lhe tinha batido e que o carro era do filho, que não tinha cuidado nenhum com ele.

E as conversas são uma seca:
- Começam por nos tratar pelo apelido por que éramos conhecidos no tempo de estudantes.
- Falam-nos depois dos seus enormes "tachos", que deixariam o PR a roer-se de inveja.

Lá por alturas do café passa-se a outro capítulo:
- Sabiam que o A morreu?
- E o B, coitado está com um cancro.
- E a desgraçada da C? O "patife" do marido, trocou-a por duas miúdas de 22 anos. Vejam lá! Também ela, como mulher não era nada de especial…


Uma "chateza"

domingo, junho 26

Tempestade

Esta noite houve festa no mar...
A Lua majestosa do alto do seu palácio, iluminava as nuvens que corriam na direcção do mar.
Seus vestidos de múltiplas cores baloiçavam, enquanto os seus braços delicados acenavam ao vento que as acompanhasse.
Por vezes misturavam-se, segredavam entre si, talvez tirando à sorte quem seria a primeira a dançar com o vento.
E o vento... lá as ía empurrando na direcção do jardim plantado no mar, onde se aguardava pelo início do grande baile...
Pareciam jovens debutantes em apresentação à sociedade, tal era a sua excitação e rodopio...
Do alto, quais mães atentas perante tal vivacidade e beleza, as estrelas permaneceram em vigília...
Brilhavam e encaminhavam suas filhas nuvens, mas permaneciam no seu silêncio, na sua calma, ganha pela maturidade...
O mar agitava-se em louca expectativa, aguardando por seus convivas...
As ondas iniciaram os primeiros acordes de uma bela valsa, em sintonia com as rochas, ao vislumbrarem ao longe as primeiras sombras...
O vento surgiu trazendo nos braços a sua primeira dama...
Outras se lhe seguiram e, antes de terminada a primeira dança, já se ouvia o ribombar do fogo de artifício, desenhando arabescos nos céus e transformando-se em pequeninas gotas de água que caíam sobre o jardim do mar...
E, assim se prolongou a festa... pela noite... pela madrugada...
... até que caíram de cansaço ao raiar da aurora...

Anjo do Sol

HARROGATE (REINO UNIDO)


(Foto de Peter)

Jardins.

Entrevista

De uma entrevista concedida pelo Prof Luís de Sousa, doutorado em Florença com uma tese sobre "A corrupção em Portugal, França e Reino Unido", a uma revista semanal e em que se aborda a "sucessão de escândalos financeiros, em Portugal, envolvendo deputados e governantes", permito-me destacar:

P - Qual o período português mais negro, em termos de corrupção?

R - A partir de finais de 80. Procedeu-se a uma redução rápida e significativa do aparelho produtivo do Estado e a um aumento da interacção entre as esferas pública e privada, criando-se condições para a emergência de conflitos de interesse e apropriação financeira por parte dos detentores do poder (...)

.......................

P - O enriquecimento pessoal e partidário confundem-se?

R - Não há uma clara distinção.

......................

P - O conflito de interesses é o maior obstáculo à modernização da Administração Pública?

R - Sim. Ainda não existe uma distinção entre os interesses público e privado. O nepotismo bloqueia a modernização.

Aconteceu num avião

Um famoso colunista político de uma conhecida revista semanal, estava a bordo de um avião, indo de Lisboa para o Porto.
A seu lado, notou um garoto de uns 10 anos, de óculos, com ar sério e
compenetrado.

Assim que o avião descolou, o garoto abriu um livro e o colunista
puxou conversa:
- "Ouvi dizer que o voo fica mais curto se a gente conversa com o
passageiro ao lado. Gostaria de conversar comigo?"

O garoto fechou calmamente o livro e respondeu:
- "Talvez seja interessante. Que tema o Senhor gostaria de discutir?"
- "Ah, que tal política? Você acha que devemos apoiar Sócrates?"

O garoto suspirou e replicou:
- "Pode ser um bom tema, mas antes preciso lhe fazer uma pergunta".

- "Então manda!", encorajou o colunista.

- "Cavalos, vacas e cabritos comem a mesma coisa, capim, grama, ervas,
concorda?"
- "Sim", disse o colunista.
- "No entanto, os cabritos excretam bolinhas, as vacas largam placas de
esterco e os cavalos grandes pelotas... Qual a razão para isto?"

O colunista pensou por alguns instantes, mas confessou que não sabia a
resposta. O garoto concluiu:

- "Então como o senhor se sente qualificado para discutir como deve
governar o país, se não entende de merda nenhuma.?"

sábado, junho 25

DÉFICE 13

Me gustas cuando callas …

Me gustas cuando callas porque estás como ausente, y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma emerges de las cosas, llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma, y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

(Pablo Neruda)

sexta-feira, junho 24

Agradecimento e homenagem aos professores

Pelo elevado sentido profissional que demonstraram, não inviabilizando o trabalho de todo um ano lectivo com os alunos, não obstante as péssimas condições que lhe são oferecidas e todos os problemas por que têm de passar anualmente para garantirem a sua colocação e o seu local de trabalho.

Souberam colocar os interesses dos alunos acima dos seus próprios interesses.

É tempo de rejuvenescerem o pessoal "vitalício" dos seus Sindicatos, por outros que defendam, mas defendam mesmo, os seus interesses, substituindo dirigentes que há cerca de 20 anos não exercem a sua profissão, estando por isso completamente desfazados das realidades da escola actual.

Cúmulo do vício

Deixar a dentadura postiça embebida em café durante a noite.

(pacote de açúcar)

TAMPINHAS

Guarde as
TAMPAS DE PLÁSTICO!

Elas valem
CADEIRAS DE RODAS!

CONTACTOS
(1 Tonelada de Tampas = 1 Cadeira de Rodas)
COMO ADERIR A ESTA CAMPANHA?


RESOLVEMOS ADERIR A ESTA INICIATIVA. É CERTO QUE UMA TONELADA SERÁ DIFÍCIL DE ALCANÇAR, MAS SE TODOS COLABORARMOS, CONSEGUIREMOS.

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O Problema da Raça

A propósito do muito a que se tem assistido sobre o problema da chamada "necessidade de manutenção da Raça", com excessos de um lado e outro da barricada, parece-me pertinente esclarecer uma situação:

Quando certos cientistas, num contexto de debate sobre o Racismo, afirmam "não haver raças", isso não significa estarem a negar a existência de raças geneticamente diferenciadas. Isso seria um erro científico gravíssimo.

O que se pretende dizer é que:

As diferenças genéticas entre certos seres vivos, não são significativas ao ponto de justificar uma guerra (através da aniquilação do que é diferente), por questões de sobrevivência de uma identidade cultural e genética. Pelo contrário, se as raças pretendem sobreviver, o melhor que têm a fazer é justamente "misturarem-se" com o fim de "fortificarem" a raça.
É da união entre forças/características diferentes que surge a melhor adaptação de uma comunidade às adversidades do dia-a-dia. E esta é uma realidade incontestável.
Se os chamados "defensores da raça" fossem realmente dela defensores, não focariam a atenção em diferenças que não são mais que meros pretextos de violência, de poder e de megalomania social. Procurariam, isso sim, aperfeiçoar a sua raça através da interacção com as demais, aprendendo o que faz delas entidades sobreviventes, felizes.
Temos muito a aprender com TODAS as raças, sob o risco de cairmos, isso sim, na verdadeira extinção.

(foto de Martin Lueders)

Pôr do Sol na Terra



Somos uns priviligeados. Parem um pouco e observem tudo o que a Narureza tem de belo para vos oferecer. Não percam tempo, nunca se sabe se não teremos, a curto prazo, de pagar IVA ...

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Pôr do Sol em Marte



É uma fotografia notável e já a devem ter visto por aí. Fica arquivada no blog, a foto histórica do pôr do Sol no planeta Marte.
Lembram-se da foto do pôr da Terra na Lua, já aí vão uns bons anos?

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A jogar às escondidas no Cosmos – Parte II

Uma estrela de neutrões pode estar localizada dentro da SN 1987A, sem estar a atrair matéria e sem emitir radiação suficiente para ser observada.

Observações efectuadas puseram de parte a possibilidade da existência de um pulsar no interior da (SN) 1987A. Mesmo que os feixes do pulsar não estivessem "apontados" à Terra, eles iluminariam as nuvens de gás circundantes.
No entanto, as teorias prevêem que após uma explosão de uma supernova, um pulsar pode levar entre 100 a 100.000 anos a formar-se, pois a estrela de neutrões tem de criar um campo magnético suficientemente forte para despoletar os feixes. A SN 1987A poderá ser muito nova para possuir um destes objectos.

Como resultado, a única maneira de os astrónomos detectarem o objecto central seria procurando evidências de matéria a cair para uma estrela de neutrões ou um buraco negro. Esta acreção poderia realizar-se de duas maneiras: numa acreção esférica na qual a matéria cai vinda de todas as direcções, ou numa acreção de disco na qual a matéria proveniente de um disco em torno do objecto compacto move-se em espiral em direcção a ele.

Os dados do Hubble puseram de parte a acreção esférica devido ao facto de a luz resultante desse processo, se ocorresse, ser suficientemente intensa para ser detectada, o que não se verifica. Se uma acreção de disco está em decurso, a luz que esta produz é muito débil, o que significa que o disco em si terá pouca massa e uma extensão radial pequena.
A falta de radiação detectável também indica que a taxa à qual a acreção de disco ocorre é extremamente pequena: por ano, menor de 1/5 da massa da Lua.

Na ausência de uma detecção definitiva, os astrónomos esperam aprender mais acerca do objecto central estudando as nuvens de poeira que o circundam. Esta poeira absorve a luz visível e ultravioleta e volta a radiar a energia no comprimento de onda dos infravermelhos.

Estudando esta luz "reprocessada", espera-se encontrar o que está a fornecer energia aos despojos da supernova iluminando assim as poeiras. Observações futuras a realizar pelo telescópio espacial Spitzer, da NASA, deverão providenciar novas pistas para a natureza do objecto escondido.

Observações adicionais do Hubble também poderão auxiliar à resolução deste mistério. O Hubble é o único observatório existente com a capacidade de resolução e sensibilidade requeridas para o estudo deste problema.


ASTRONOVAS - Lista de distribuição de notícias de Astronomia em Português

Observatório Astronómico de Lisboa
Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa

quinta-feira, junho 23

Corpo de Rosas


Imagem Retirada da Internet - Autor Desconhecido


São rosas, amor

Aquelas com que banhaste meu corpo

Pétala a pétala

Desenhaste arabescos na pele

Em seda carmim delineada

Com fogo de sangue marcada

Nos recantos escondidos

Deixaste a saudade do perfume

A rosas vermelhas da tua boca

Largaste rosas no meu corpo

Em recordações despetaladas

E aqui ficaram

As tuas rosas, amor

Como gotas de chuva

Caídas em terras perdidas

Como este corpo

Apenas coberto de sedas de carmim

Pétalas de rosas

De um corpo que foi meu

O teu

Permaneço na espera

Do florescer de novas rosas

Do teu jardim

Vermelhas de sangue

Perfumadas de paixão

As tuas rosas, amor


Anjo Do Sol

Yorgos Seferis

Flores do rochedo diante do mar verde
com veias que me lembravam outros amores
ao brilharem na lenta queda de gotas,
flores do rochedo semblantes
que vieram quando ninguém falava e me falaram
que me deixaram tocá-los depois do silêncio
entre pinheiros loendros e plátanos.

(Yorgos Seferis, in "Poemas Escolhidos", Relógio d'Água editores. Tradução de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratisinis.)

A jogar às escondidas no Cosmos – Parte I

Em 1987, foi observada a partir da Terra a explosão de uma estrela na galáxia anã Grande Nuvem de Magalhães. Os astrónomos estudaram avidamente esta supernova, a mais próxima observada nos últimos 300 anos, continuando a examinar os seus restos. Embora a onda de choque originada pela supernova tenha iluminado as nuvens de gás e poeira circundantes, a explosão parece não ter deixado nenhum núcleo. Os astrónomos dizem que mesmo com o "olhar" nítido do telescópio espacial Hubble não foi possível localizar o buraco negro ou a estrela de neutrões ultracompacta, que se acredita ter sido formada pela morte da estrela há 18 anos.

Onde se encontra pois a estrela de neutrões desaparecida?

Quando uma estrela de massa elevada explode, esta deixa para trás uma espécie de objecto compacto, quer seja uma esfera constituída por partículas subatómicas de dimensões de uma cidade, designada por estrela de neutrões, ou um buraco negro.
O resultado depende da massa da estrela inicial, da estrela que explodiu.
Estrelas pequenas formam estrelas de neutrões enquanto que estrelas maiores formam buracos negros.

A estrela mãe que deu origem à supernova (SN) 1987A possuia 20 vezes a massa do Sol, colocando-a exactamente na linha divisória e deixando os astrónomos na incerteza de qual o tipo de objecto compacto que terá sido produzido por esta explosão. Todas as observações realizadas até à data falharam na detecção de uma fonte de luz no centro dos despojos da supernova, deixando no ar a questão por responder.

Foi esta a imagem da supernova SN 1987A obtida pelo Hubble:



A detecção de um buraco negro ou de uma estrela de neutrões constitui sempre um desafio. Um buraco negro pode ser detectado apenas quando "engole" matéria - à medida que a matéria vai caindo para o centro do buraco negro, esta aquece e emite radiação. Uma estrela de neutrões a uma distância equivalente à da Grande Nuvem de Magalhães apenas é detectada quando emite feixes de radiação como um pulsar, ou quando atrai matéria quente como o buraco negro.

quarta-feira, junho 22

Irene no céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
— Entra Irene. Você não precisa pedir licença.

MANOEL CARLOS PINHEIRO - Segunda-feira, Junho 20, 2005

O último dia

Estava o dia nublado. Ninguém se resolvia
soprava um vento ligeiro: «Não é o grego é o
siroco» disse alguém.
Alguns ciprestes esguios cravados na encosta e o
mar
cinzento com lagoas luminosas, mais além.
Os soldados apresentavam armas quando começou a chuviscar.
«Não é o grego é o siroco» a única resolução que
se ouviu.
Todavia sabíamos que na alba seguinte não nos restaria
mais nada, nem a mulher bebendo ao nosso lado o sono
nem a memória de que fomos homens alguma vez,
mais nada na alba seguinte.

«Este vento traz à mente a primavera» dizia a amiga
caminhando a meu lado olhando para longe «a primavera
que de repente caiu no Inverno perto do mar fechado.
Tão inesperadamente. Passaram tantos anos. Como vamos
morrer?»

Uma marcha fúnebre vagueava por entre a chuva miudinha.
Como morre um homem? Estranho ninguém refletiu
nisso.
E os que pensaram nisso era como memória de crónicas
velhas
da época dos cruzados ou da - em Salamina - batalha
naval.
Todavia a morte é algo que é feito; como morre
um homem?
Todavia alguém ganha a sua morte, a sua própria morte,
que não pertence a nenhum outro
e este jogo é a vida.
Baixava a luz sobre o dia nublado, ninguém se
resolvia.
Na alba seguinte não nos restaria nada; tudo entregue;
nem sequer as nossas mãos;
e as nossas mulheres trabalhando para outros nos fontanários e
os nossos filhos
nas pedreiras.
A minha amiga cantava caminhando a meu lado
uma canção amputada:
«Na primavera, no verão, escravos...»
Lembrávamo-nos de mestres anciãos que nos deixaram
órfãos.
Um casal passou a conversar:
«Fartei-me do crepúsculo, vamos para casa
vamos para casa acender a luz.»

Yorgos Seferis, "Poemas escolhidos" (de Diário de Bordo I)
tradução de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratisinis

terça-feira, junho 21

Estudo sobre o orgasmo feminino




Um estudo realizado na Universidade de Groningen, na Holanda, garante que as áreas do córtex feminino relacionadas com o medo e a emoção são desactivadas, conduzindo a mulher para a paz total. Mas para isso,terá de abstrair-se dos medos e ansiedades.
Quando elas gritam:
"Meu Deus, estou nas nuvens", o mais provável é que sintam mesmo essa sensação, pois como já se disse, no momento do orgasmo há partes do cérebro da mulher que param e a catapultam para um patamar de libertação único.

(da Imprensa)

Tornado e arco-íris



Não resisti. Acho esta foto espectacular.

Etiquetas:

Este é um tempo de terror

este é um tempo de terror
um tempo de máscaras
um tempo de príncípes sem coroa

os navios partiram
nunca mais regressaram

hoje
ao som de guerras
os homens
alimentam-se do deserto

de que valeram
todas estas gerações angélicas
para a consrução da Alma?

vivemos sem dúvida
um tempo de horror
um tempo de máscaras

um tempo de bolor

A Terra,
um lugar desformatado,
feio
esférico,

sem pessoas,

nem jardins para o Amor


(Maria Azenha, "Nossa Senhora de Burka")

segunda-feira, junho 20

Gato Fedorento

Passei o tempo com "conversas de xaxa" e muitas vezes não li o que o "gato" escrevia.
Desforrei-me agora, comprando o livro. Atenção que isto não é publicidade, pelo menos até agora "não vi nenhum".

Logo na Introdução têem uma anedota que é de morrer a rir. Mas, uma vez que se morre , ao menos que sejam profissionais a fazê-lo e não reles escribas, como eu, que por aqui se arrastam.

Vamos ao que interessa:

"Um casal vai passar férias ao Brasil e resolve trazer um animal exótico. Optam por uma doninha, mas há um problema: como trazer o bicho sem que as autoridades alfandegárias se apercebam?
- E se o trouxeres debaixo da saia?, diz o homem.
- Então e o cheiro?, pergunta a senhora.
E responde o homem:
- Não faz mal, que o animal habitua-se."

Cúmulo da estupidez

Dois carecas à bulha, por causa de um pente.

(pacote de açúcar)

Uma piadinha que nos põe a pensar ...

Pedindo uma Pizza em 2009 após o implementação do novo CU (Cartão único)

------------------------------------------------------

-Telefonista: Pizza Hot, boa noite!

-Cliente: Boa noite, quero encomendar pizzas...

-Telefonista: Pode-me dar o seu NIN?

- Cliente: Sim, o meu número de identificação nacional é 6102-1993-8456-
54632107.

-Telefonista: Obrigada, Sr. Lacerda. Seu endereço é Av. Paes de Barros 1988 ap.52 B, e o número de seu telefone é 5494-2366, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Seguros é o 5745-2302 e o seu telemóvel é 962 662566.

- Cliente: Como é que você conseguiu essas informações todas?

- Telefonista: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.

- Cliente: Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas uma quatro queijos e outra calabresa...

- Telefonista: Talvez não seja uma boa ideia...

- Cliente: O quê?

- Telefonista: Consta na sua ficha médica que o Sr. sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde.

- Cliente: É. tem razão! O que você sugere?

- Telefonista: Por que é que o Sr. não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O Sr. vai adorar!

- Cliente: Como é que você sabe que vou adorar?

- Telefonista: O Sr. consultou o site Recettes Gourmandes au Soja da Biblioteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 14:27h, onde permaneceu ligado à rede durante 39 minutos. Daí a minha sugestão...

- Cliente: OK, está bem! Mande-me duas pizzas tamanho familiar!

- Telefonista: É a escolha certa para o Sr., sua esposa e seus 4 filhos, pode ter a certeza.

- Cliente: Quanto é?

- Telefonista: São 49,99.

- Cliente: Você quer o número do meu cartão de crédito?

- Telefonista: Lamento, mas o Sr. vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu cartão de crédito foi ultrapassado.

- Cliente: Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco levantar dinheiro antes que chegue a pizza.

- Telefonista: Duvido que consiga, o Sr. está com o saldo negativo no banco.

- Cliente: Meta-se na sua vida! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro.
Quando é que entregam?

- Telefonista: Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos. Se o Sr. estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso...

- Cliente: Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto?

- Telefonista: Peço desculpas, mas reparei aqui que o Sr. não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la.

- Cliente: @#%/§@&?#§/%#!!!!!!!!!!!!!

- Telefonista: Gostaria de pedir ao Sr. para não me insultar... Não se esqueça de que o Sr. já foi condenado em Julho de 2006 por desacato em público a um Agente Regional.

- Cliente: (Silêncio).

- Telefonista: Mais alguma coisa?

- Cliente: Não, é só isso... Não, espere... Não se esqueça dos 2 litros de Coca- Cola que constam na promoção.

- Telefonista: Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 095423/12, proíbe a venda de bebidas com açúcar a pessoas diabéticas...

- Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou-me atirar pela janela!!!!!

- Telefonista: E torcer um pé? O Sr. mora no rés-do-chão!

domingo, junho 19

Música no blog

Quanto à música, o ficheiro foi carregado para uma página do SAPO, pelo que é possível que demore algum tempo a carregar quando abrirem o blog.

De resto, sempre que deixarem de ouvir a música, o problema não está na programação, mas sim no link (que poderá ficar inactivo de vez em quando, por questões de manutenção do SAPO ou de outro qualquer servidor, neste caso o Blogger),ou da configuração do vosso computador, ou então de quebras de ligação que tenham na NET, que todos temos mas que raramente damos por isso, pois a velocidade de acesso nunca é constante, dependendo da quantidade de pessoas que navegam a dada altura.

Quanto assim é, o melhor é entrar no blog e depois clicar F5, para fazer "refresh". Geralmente funciona, tanto com imagens como com a música.

Uma pequenina luz

Uma pequenina luz bruxuleante
não na distância brilhando no extremo da estrada
aqui no meio de nós e a multidão em volta
une toute petite lumière
just a little light
una picolla... em todas as línguas do mundo
uma pequena luz bruxuleante
brilhando incerta mas brilhando
aqui no meio de nós
entre o bafo quente da multidão
a ventania dos cerros e a brisa dos mares
e o sopro azedo dos que a não vêem
só a adivinham e raivosamente assopram.
Uma pequena luz
que vacila exacta
que bruxuleia firme
que não ilumina apenas brilha.
Chamaram-lhe voz ouviram-na e é muda.
Muda como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Brilhando indeflectível.
Silenciosa não crepita
não consome não custa dinheiro.
Não é ela que custa dinheiro.
Não aquece também os que de frio se juntam.
Não ilumina também os rostos que se curvam.
Apenas brilha bruxuleia ondeia
indefectível próxima dourada.
Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não:
brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha

(Jorge de Sena)

Mulher inteligente

Era uma vez um homem que tinha passado toda a sua vida a trabalhar e que
poupara todos os centavos que havia ganho. Ele era realmente muito forreta no que tocava ao seu dinheiro. Mesmo antes de morrer, disse à
mulher:

"Ouve meu bem! Quanto eu morrer, quero que pegues em todo o meu dinheiro e o coloques no caixão junto comigo. Eu quero levar todo o meu dinheiro para a minha próxima reincarnação."

Dito isto, obrigou a mulher a prometer, que quando ele morresse ela
colocaria todo o seu dinheiro dentro do caixão junto dele.
Um dia o homem morre. Foi colocado dentro do caixão, enquanto a mulher se mantinha sentada a seu lado, toda de preto, acompanhada pelos amigos mais chegados.
Quando terminaram a cerimónia, e mesmo antes de o padre se preparar para
fechar o caixão, a mulher disse:

"Só um minuto! " Tinha uma caixa de sapatos com ela. Aproximou-se e
colocou-a dentro do caixão, juntamente com o corpo.

Um amigo disse-lhe:

"Espero que não tenhas sido doida o suficiente para meteres todo aquele
dinheiro dentro do caixão!" Ela respondeu:

"Claro que sim. Eu prometi-lhe que colocaria aquele dinheiro junto dele e
foi exactamente o que fiz."
"Estás a dizer-me que puseste todos os centavos que ele tinha dento do
caixão com ele?"

"Claro que sim!" respondeu a mulher. "Juntei todo o seu dinheiro,
depositei-o na minha conta e passei-lhe um cheque."
Uma mulher inteligente!

Uma imagem real

sábado, junho 18

Acidente de viação

Mostrem a cara

Os energúmenos, sejam da "extrema-direita", sejam "anarcas", sejam "oriundos de bairros degradados", circulam impunemente por aí, utilizando os transportes colectivos de todos nós, portanto também deles. Mas circulam de máscaras e, principalmente, com os rostos cobertos por "passe-montanhas", à semelhança dos "ninjas" e perante a passividade da Polícia.

Qual é a segurança do "senhor Silva", mísero (por mal pago) 3º escriturário, que se mete no comboio da Linha de Sintra, de regresso a casa? Ou da menina, caixa de super-mercado e miseravelmente explorada, que se vê obrigada a fazer a mesma "via sacra", depois duma esgotante jornada de trabalho?

Vêm com a falta de emprego. Não há é empregos compatíveis com as habilitações literárias conseguidas à custa de muito esforço, sacrifício e dinheiro. Isso não há. Mas há empregos mal pagos, que são empregos para quem quiser ganhar "algum". É o que não falta por aí. E muitos licenciados agarram-nos com ambas as mãos, tal como um médico ucraniano trabalha nas obras. É preciso sobreviver legalmente,

Acusam de “racistas” quem fala destes temas e, como tal, abstêm-se de os comentar. Mas eu, quer nas fotos, quer nos vídeos gravados pela segurança dos comboios, só vejo negros. Será isto ser racista, o mostrar um delito e quem o praticou?

É mais fácil, perante a "passividade", "permissividade" e “laxismo” que impera por aí, continuar tudo como está. E não só, também “cobardia” e “egoísmo”, de quem só pensa em si, tem medo de levar uma facada e é incapaz de ajudar o “próximo” …

Meio de obter dinheiro fácil, afirmação de força, ou as duas coisas?

Sem máscara, mas escondidos no anonimato, o que vem a ser a mesma coisa, escondem-se os que fogem ao Fisco, tanto mais que uma ex-ministra já se veio manifestar contra a denúncia pública dos faltosos, patati, patatá …

Ao fim e ao cabo é aquela velha classificação de acordo com a situação social de quem comete o delito:

- Roubo.
- Desfalque.
- Desvio de Fundos.

Até quando?

Caro Sr. Primeiro-ministro.

Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao seu esforço e modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma
Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais.
Vou explicar: Na actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário (20 para o IRS e 11 para a Segurança Social). Como pode ver, sou um cidadão afortunado. Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19% para si (31+19P).
Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral. Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75% daquilo que me paga para a Segurança Social. E ainda 33% para o Estado (50+23.75+33+6.75).
Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
Minha sugestão, é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 100% do meu salário.
Funcionaria assim: Eu fico com 6.75% limpinhos, sem qualquer ónus mas o Governo fica com as contas de:
-Escola,
-Seguro de Saúde,
-Despesas com dentista,
-Remédios,
-Materiais escolares,
-Condomínio,
-Água,
-Luz,
-Telefone,
-Energia,
-Supermercado,
-Gasolina,
-Vestuário,
-Lazer,
-Portagens,
-Cultura,
-Contribuição Autárquica,
-IVA,
-IRS,
-IRC,
-IVVA
-Imposto de Circulação
-Segurança Social,
-Seguro do carro,
-Inspecção Periódica,
-Taxas do Lixo, reciclagem, esgotos e saneamento
-E todas as outras taxas que nos impinge todos os dias.
-Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja
repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Um abraço ao Sr. PM e ao Senhor PR e muito boa sorte, do fundo do meu coração!

PS: Podemos até negociar o percentual!!!

quinta-feira, junho 16

Recordar, sempre, Eugénio de Andrade

Example


Nada podeis contra o amor,
Contra a cor da folhagem,
contra a carícia da espuma,
contra a luz, nada podeis.

Podeis dar-nos a morte,
a mais vil, isso podeis
- e é tão pouco!

silent night-steven gutheinz

segunda-feira, junho 13

Para desanuviar ...

domingo, junho 12

As escolhas do Presidente

“Morro com a Pátria”, terá dito Camões no fatídico dia 10 de Junho de 1580, quando a nobreza portuguesa vendida, rendida e cheia de vontade de agradar a sua Alteza Real, Filipe I de Portugal entregou, traiu e vendeu a soberania que havíamos por direito próprio conquistado.

As nobrezas mudaram, mudaram-se os tempos, mas não se mudaram os traidores e os vendilhões.
Esses pululam neste canto à beira-mar plantado.

Séculos depois comemoramos o dia de Portugal, hoje uma República com simbologias monárquicas. E bem. Afinal só mudaram os reis.

Não irei falar sobre os agraciados. Por mim, pode o Presidente que vai dando sinais cada vez mais evidentes de alguma inconstância, condecorar quem lhe apetecer. – Seria bom que retirassem as pensões aos agraciados, em tempo de crise para muitos e de vacas gordas para poucos. –
Porém não posso deixar de me debruçar sobre Leonor Beleza e a “sua” Ordem de Cristo.

Segundo a lei, serão agraciados com a dita ao abrigo do Artigo 4º do Decreto-lei 414-A/86 de 15 de Dezembro, “quem se tiver destacado por serviços prestados no exercício das suas funções nos cargos que exprimam a actividade dos órgãos de soberania ou na Administração Pública em geral e na magistratura e Diplomacia em particular e que mereçam ser especialmente distinguidos”.

Volto à atribuição da Ordem de Cristo a Leonor Beleza. Primeiro, estranho a mesma não ter sido atribuída a toda a família. Como todos sabemos, distinguiram-se e foram notícia “por bem haverem servido a cousa pública”. É no mínimo estranho – e por isso as minhas dúvidas sobre a capacidade do PR – que um caso que a justiça não esclareceu cabalmente tenha sido simplesmente ignorado, aquando da decisão da atribuição da insígnia. Refiro-me obviamente ao caso dos hemofílicos.

Muitos dos contaminados com o plasma contaminado vindo do laboratório Austríaco já faleceram. Talvez tenha sido esta a verdadeira humilhação. Tento meter-me na pele dos familiares destes e daqueles e daquelas a quem a vida ainda não foi precocemente roubada por um tremendo erro – ou má fé? – e apenas consigo imaginar o desejo de justiça, a impotência, a raiva.

Os favores pagam-se.


“Cavaco conselheiro: Beleza junta em Instituição que vai gerir cerca de 400 milhões de euros, Cavaco – o candidato/tabu a Presidente –, António Borges, Dias Loureiro e Proença de Carvalho”

A Instituição é Fundação Champalimaud que conta com fundos milionários. Segundo a Forbes, o magnata teria uma fortuna avaliada em cerca de 1,2 mil milhões de Euros, o que faz com que a Instituição presidida por Leonor Beleza possa contar pelo menos com 400 milhões.

Porém, habituada à impunidade, resolveu que a construção da sede seria no Cabo Raso, num terreno abrangido pelo Parque Natural de Sintra-Cascais.




Leonor beleza poder-se-á ter livrado de vez dos tribunais e o processo dos hemofílicos contaminados com o vírus VIH ser declarado prescrito definitivamente.

A decisão do tribunal, porém, não foi unânime, tendo contado com o voto de vencido do conselheiro Oliveira Guimarães.

Maria José Morgado pedia a anulação da prescrição decretada pelo Tribunal da Relação, em Fevereiro deste ano, alegando que a extinção do procedimento criminal só deveria ocorrer em Fevereiro de 2007. Esta teoria, porém, não foi apoiada pela sua colega destacada no Supremo, a procuradora Graça Marques, facto que condicionará recursos futuros.


Leonor Beleza, recorde-se, foi acusada em 1994 da prática do crime de propagação de doença contagiosa com dolo eventual. Dezenas de hemofílicos morreram por terem contraído o vírus da sida entre 1985 e 1987. À data dos factos, Beleza era ministra da Saúde.

SEGUIU-SE BATALHA JURÍDICA

De então para cá, o processo tem andado de recurso em recurso.
A advogada dos familiares, Francisca Boniface, porém, não desiste e afirma: “É um crime hediondo. Houve mortes e não podemos deixar de perseguir os responsáveis”, disse a advogada. “A Dr.ª Leonor Beleza só terá descanso quando eu morrer. Todas as hipóteses que tiver vou apanhá-las”.
Juntamente com Leonor Beleza foram acusados mais dez arguidos, onde se inclui a sua mãe, Maria dos Prazeres Pizarro.

CRONOLOGIA

19885: O Ministério da Saúde, titulado por Leonor Beleza, adquire um derivado de plasma a um laboratório austríaco – o lote 810537 do Factor VIII. Infectou dezenas de hemofílicos, com vírus da sida.

1987(FEVEREIRO): Leonor Beleza manda retirar o Factor VIII. Em Maio desse ano, morre a primeira vítima.

1992 (JANEIRO): Associação dos Hemofílicos apresenta queixa na PJ. Ministério Público inicia o inquérito meses depois.

1993 (SETEMBRO): Tribunal arbitral define uma indemnização de 12 mil contos para cada hemofílico infectado. Começa a ser paga no final de 1995.

1994 (JANEIRO): Ministério Público acusa onze arguidos do crime de propagação de doença contagiosa com dolo eventual: Beleza, a sua mãe (ex-secretária-geral do ministério) e nove técnicos. Os arguidos requerem a instrução. O juiz Carlos Lobo manda seguir para julgamento.

1996 (FEVEREIRO): T. Relação manda repetir a instrução.

1997 (MARÇO): Juiz Paulo Albuquerque arquiva o processo. Ministério Público recorre.

1998 (NOVEMBRO): A Relação manda o caso para julgamento.

2000 (JANEIRO): Tribunal Constitucional declara a prescrição.

2000 (ABRIL): T. Relação reafirma que deve haver julgamento.

2002 (NOVEMBRO): T. Constitucional volta a considerar o caso prescrito.

2003 (FEVEREIRO): T. Relação confirma a prescrição. Ministério Público e familiares recorrem para o Supremo.

Maria José Morgado considera que o processo só prescreverá em 2007. Familiares de duas das vítimas continuam a tentar levar à barra dos tribunais a antiga ministra da saúde.
Estranho pois, da decisão do PR.

Morreu Vasco Gonçalves:

O luto fingido, as lágrimas de crocodilo de muitos, a alegria de alguns, contrastam com o pesar daqueles e daquelas que entenderam um homem de causas, um ser humano bom e nobre.

Afrontou a Banca, as Seguradoras, os latifundiários. Colocou sectores importantes ao serviço da comunidade. A homenagem está apenas no povo anónimo que o idolatrou.

Após o escrito, o que dizer da actuação do Presidente da República? – Qual foi o critério usado para agraciar alguém, que independentemente da justiça ficará para sempre associada à morte, à incúria, à impunidade?!

O critério terá sido mesmo o de distinguir alguém que de facto o fez, só que pela negativa? – Se foi este o usado, tem então razão Jorge Sampaio e daqui lhe endereço as minhas desculpas.
Se foi outro, dou-lhe um conselho: está sempre a tempo de se demitir. – Sim, eu sei, que poderia ir a reforma “à viola” e os tempos estão difíceis, como V/Exª observou há algum tempo quando ganhou um prémio pecuniário…

Estou profundamente preocupado

Não, não é com o déficite. Este não pode ser o culpado de tudo o que de mau nos está a acontecer.
Estou a falar do "arrastão" na praia de Carcavelos, que foi primeira página em quase todos os jornais europeus, pelo menos naqueles países que mais contribuem para o nosso turismo, uma das parcas fontes de rendimento da nossa tão debilitada economia.
Um Estado que não garante aos seus cidadãos, nem aos cidadãos estrangeiros que nos visitam, a segurança necessária para se deslocarem livremente, ou para permanecerem onde querem, está a demitir-se duma das suas funções primordiais.

E depois aparece uma "menina" da TV muito preocupada porque no meio de toda aquela confusão, um polícia deu com o bastão numa indefesa senhora. Não há dúvida que foi o que de mais grave ali estava a acontecer. Será que a "menina" era mesmo jornalista, ou apenas uma dos "jobs for the boys" de um dos dois partidos que alternam entre si o Governo, que não o Poder. E mesmo esse Poder é um "Poderzito" ...

Já se sabia há muitos anos que o problema da 2ªgeração de imigrantes e talvez até já da 3ª, agora portugueses de lei, iria explodir-nos na cara. Aconteceu em França com os argelinos, mas aqui em Portugal nunca tal poderia acontecer! Mas aconteceu. Não se criaram em tempo as infra-estruturas sociais adequadas, foram segregados para bairros periféricos, em vez de se ter procurado integrá-los na comunidade e agora aí está: temos a criança nos braços.

Na América, até à 3ª geração, um descendente de imigrantes, desde que pratique um crime grave, é expulso do país. Mas nós somos o país do diálogo e da tolerância: mesmo esfaqueados e com os intestinos de fora, abençoamos o agressor.

Temos de descobrir, julgar e condenar os responsáveis, sob pena de os delinquentes confiarem cada vez mais na sua impunidade. Isso é primordial.

Depois, mas sem protelar a sua resolução, temos que encarar de frente o problema social.

Tenho o maior respeito e consideração pelos primeiros imigrantes, vindos das ex-colónias. Foram eles que construíram estradas, pontes, edifícios, todas as comodidades que usufruímos actualmente. Nunca vi, aqui em Lisboa, nenhum africano na mendicidade. Trabalharam e ajudaram-nos, por isso não tiveram tempo nem possibilidades de se ocuparem e de educarem os filhos.

Cabia ao Estado tê-lo feito. Mas não o fez ...

VENDE-SE TERRENO SOALHEIRO 3 Frentes



É isso mesmo, terreno à venda encostado à Espanha com 3 frentes
com as seguintes características:

1) Bons acessos
2) Viabilidade de construção em cima do mar (já não há mais onde construir)
3) Alto défice
4) Corrupção total
5) Povo com memória curta e que perdoa tudo
6) Empresários formados em fuga ao fisco
7) Jornalistas comprados
8) Funcionários "supostamente" malandros

Na compra deste pedaço de terra, ainda oferecemos:

a) Package de políticos incompetentes;
b) Conjunto de organismos públicos super lotados e com reforma garantida para os seus funcionários;
c) Viagens “à lá gardére” para os deputados;
d) Reformas chorudas por apenas dois mandatos de deputado;
e) Em caso de aperto pode fugir para o estrangeiro e obter altos cargos.

Urgência na venda devido a risco de colapso do edifício.
Necessita de limpeza URGENTE da CORRUPÇÃO e FUGA AO FISCO

sábado, junho 11

Camelo e elefante

Um camelo e um elefante encontraram-se pela primeira vez. O elefante, espantado com semelhante animal, perguntou:
- Porque é que tens as mamas nas costas?

Responde o camelo:
- Que raio de pergunta vinda de alguém que tem a pila na cara ...

Que canto há de cantar o que perdura?

Que canto há de cantar o que perdura?

A sombra, o sonho, o labirinto, o caos

A vertigem de ser, a asa, o grito.

Que mitos, meu amor, entre os lençóis:

O que tu pensas gozo é tão finito

E o que pensas amor é muito mais.

Como cobrir-te de pássaros e plumas

E ao mesmo tempo te dizer adeus

Porque imperfeito és carne e perecível

E o que eu desejo é luz e imaterial.

Que canto há de cantar o indefinível?

O toque sem tocar, o olhar sem ver

A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.

Como te amar, sem nunca merecer?


(Hilda Hilst)

A “Dobradinha” que já era …

Numa decisão relâmpago do Governo PS, o polémico método de queima de resíduos tóxicos irá avançar.

A partir de segunda-feira, na cimenteira da Serra da Arrábida, na zona de Setúbal, começam a ser queimadas milhares de camisolas da "Dobradinha 2004/2005", que devido à sua inutilidade serão usadas para experimentar as condições do local.

A empresa Adidas já confirmou o destino das camisolas, enquanto as versões "piratas" da mesma serão alvo de um programa de recolha da responsabilidade da empresa de camionagem de LFV (Luis Filipe Vieira Lda).

sexta-feira, junho 10

Moinhos dos Açores

Como hoje é dia de Portugal

PORTUGAL

Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo, se fosses só o sal, o sol, o sul, o ladino pardal, o manso boi coloquial, a rechinante sardinha, a desancada varina, o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos, a muda queixa amendoada duns olhos pestanídeos, se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos, o ferrugento cão asmático das praias, o grilo engaiolado, a grila no lábio, o calendário na parede, o emblema na lapela, ó Portugal, se fosses só três sílabas de plástico, que era mais barato!
*

Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos, rendeiras de Viana, toureiros da Golegã, não há «papo-de-anjo» que seja o meu derriço, galo que cante a cores na minha prateleira, alvura arrendada para o meu devaneio, bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo, golpe até ao osso, fome sem entretém, perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes, rocim engraxado, feira cabisbaixa, meu remorso, meu remorso de todos nós...

(Alexandre O'Neill)

Coincidência !!!

Um homem foi à uma taverna local e se sentou no bar perto de uma mulher.
Ele se virou para ela e disse:
- Esse é um dia especial para mim. Estou festejando.
- Que coincidência! - disse a mulher - Eu também estou festejando!
Ela toca copos com ele e pergunta:
- O que você está festejando?
E ele:
- Eu sou um granjeiro e por anos todas minhas galinhas eram inférteis, mas hoje elas finalmente são férteis!
E ela:
- Que coincidência! Meu marido e eu estivemos tentando ter um filho há tempos. Hoje meu ginecologista me disse que estou grávida.. Como foi que suas galinhas se tornaram férteis?
- Eu troquei os galos! - Ele respondeu.
E ela se admira:
- Que coincidêeencia!!!

INTRODUÇÃO

É sempre costume dizerem-se umas palavras quando se inicia algo. Resta saber se isto é um "início" ou uma "continuação".

Eu penso que é uma "continuação", mas agora noutra casa.

O despretensioso blog "Conversas de xaxa" conheceu no SAPO três edições: as duas primeiras morreram de "morte morrida". Esta última, o "Conversas de xaxa 3", que estava ali para "lavar e durar", deve ter morrido de "morte matada". Os meus rudimentares conhecimentos de informática devem ter-me levado a fazer qualquer asneira, que desconheço, e que acabou com ele.

Claro que toda esta já longa "saga", só tem sido possível devido ao dedicado esforço de todos os elementos da "equipa", agora mais pobre devido à saída da Lótus, que sempre nos ia resolvendo os problemas técnicos que surgiam. Mas não só!

O termos chegado até aqui só foi possível principalmente devido a vós: aos que nos lêm e aos que nos comentam. Sois vós quem sois o elemento nº 1 da equipa e são para vós os meus agradecimentos.

Ele aí está pois o CONVERSAS DE XAXA 4 . Com "nova roupagem", mais "pobrezinho", mas tenho esperanças que alguém apareça a dar uma "mãozinha" ...

Também ainda não contactei nenhum dos outros elementos da equipa. Não sei se pretendem continuar.

O CONVERSAS DE XAXA 4 ACABOU DE NASCER !